Acidentes em rodovias federais do AM têm aumento de 37% em 2018

Com 24 casos registrados a mais do que 2017, o ano de 2018 já possui 89 acidentados entre vítimas fatais e lesionadas nas quatro rodovias federais que cortam o Amazonas

Mais de 80 pessoas foram vítimas de acidente de trânsito nas rodovias federais do Amazonas em 2018. Dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostram o levantamento feito nas quatro rodovias federias no estado e apontam que no ano passado 89 pessoas, entre vítimas fatais e lesionadas, foram vitimadas. O número é 37% maior que o ano de 2017, quando foram registrados 65 acidentes.

A rodovia com o maior número de incidências é a BR-174, que liga o Amazonas ao estado de Roraima, com 57 vítimas, seguida da BR-319 (Manaus–Porto Velho), com 17 registros, além da BR-230 (conhecida como Transamazônica), com 10 pessoas vitimadas. Outra rodovia que também registrou casos foi a BR-317, que liga o município de Boca do Acre ao estado do Acre, com 5 vitimas.

Os números mostram ainda que somente na BR-174, dez pessoas morreram no ano anterior, sendo ela a de maior incidência de acidentes no Amazonas.

Para o especialista em trânsito Haniery Mendonça, a pouca fiscalização e falta de radares pode ter influenciado no aumento desses índices.

“O efetivo de fiscalização infelizmente é pouco e é importante ressaltar isso de uma forma geral. Para completar, houve a retirada de radares móveis, o que nas rodovias federais é o que inibe a quantidade de acidentes, até por excesso de velocidade. Os radares fixos continuam normais por enquanto, mas são poucos. Então, o que fez aumentar [os números] foi justamente isso, excesso de velocidade, geralmente misturado com sono e utilização de álcool”, explicou.

Outro fator agravante segundo ele é a falta de manutenção nos veículos e a pressa de muitas pessoas nas estradas.

“A questão toda nas rodovias é que como as cidades têm certa distância, nem sempre existe paciência o suficiente para a pessoa ir e voltar no limite estabelecido pela via, ou dependendo do local, estabelecido, pelo limite de velocidade de acordo com a segurança. Também tem a questão de manutenção no veículo. O que é uma coisa primordial e o brasileiro de uma forma geral não tem costume de realizar. Acha besteira, que é caro, e vai deixando. E isso daí acaba gerando acidentes”, pontuou o especialista.

O levantamento fez um panorama dos acidentes ocorridos desde o ano de 2007 até 2018. De um modo geral, foram 2.225 acidentes nesse período, sendo 1.127 com vítimas. Desse total 209 delas morreram em acidentes envolvendo automóveis ou motos, na maioria dos casos. Os dados apontaram ainda que os homens são os mais envolvidos nesses episódios.

Por ACRÍTICA