Muito se fala na reforma eleitoral 2021 . Mais uma preparada para mais um ano eleitoral vindouro .
A volta das coligações partidárias proporcionais é tema de destaque nessa reforma.
Na verdade, muito se debateu nos últimos anos de que nossa democracia só seria fortalecida através de uma reforma que prestigiasse os partidos políticos, a fidelidade partidária e a participação efetiva na sociedade.
Depois do congresso ter abolido as coligações proporcionais para as eleições 2020, estão dando uma marcha ré com vistas ao pleito 2022, onde teremos o retorno da famigeradas coligações.
Com elas, volta o velho sistema de eleger candidatos pouco representativos (uma vez que somam-se os votos dos partidos e candidatos coligados) , em detrimento da votação majoritária dos candidatos proporcionais.
Isso ajuda ainda mais a velha proliferação de partidos e sua pulverização.
Por fim , necessário se faz que as reformas eleitorais não sejam feitas de afogadilho, mas reflitam uma forma de aperfeiçoamento democrático, o que ao nosso sentir, não ocorre com esses movimentos de idas e vindas.
*Fábio de Souza Pereira – Professor, Jornalista e Assessor Jurídico-Eleitoral.