Em Belo Horizonte, o empresário Renê Nogueira da Silva Júnior, de 46 anos, preso sob a acusação de matar um gari, negou o crime em depoimento ao Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil confirmou a informação em coletiva de imprensa, destacando que, apesar da negativa do suspeito, outros elementos da investigação permitiram a ratificação de sua prisão em flagrante. Renê foi detido em uma academia e pode ser indiciado por homicídio duplamente qualificado e ameaça.
Durante o depoimento de sete horas, Renê detalhou sua rotina no dia do crime, fornecendo horários e itinerários que, segundo ele, comprovariam sua inocência. No entanto, o delegado Evandro Radaelli, responsável pelo caso, informou que as informações serão checadas com imagens de câmeras de segurança e outros indícios. A prisão do suspeito foi mantida com base em depoimentos de testemunhas, imagens e a identificação do calibre da arma utilizada.
A investigação também revelou que a arma do crime, do mesmo calibre do armamento pessoal da esposa de Renê, pertence à delegada Ana Paula Lamego Balbino, da Polícia Civil. O armamento foi apreendido e será periciado. A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um inquérito para apurar a conduta da delegada, que afirma desconhecer o envolvimento do marido e que ele não tinha acesso às suas armas. A servidora prestou depoimento e, por enquanto, segue em sua função. O gari, Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, foi enterrado sob aplausos na tarde desta terça-feira.
