Fundação Alfredo da Matta realiza mutirão dermatológico no sábado

Ação fez parte do Janeiro Roxo, campanha de intensificação, orientação e busca por casos novos de hanseníase.

MANAUS, AM — A Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), vai abrir as portas, no próximo sábado (25/01), para realização de mutirão dermatológico. A ação, que tem como objetivo identificar e diagnosticar precocemente casos de hanseníase, faz parte da programação voltada à Campanha Janeiro Roxo, mês dedicado à doença em todo o mundo.

O atendimento inicia às 8h e finaliza às 14h. Será aberto a qualquer pessoa que esteja com algum tipo de problema de pele, como mancha, coceira ou ferida, por exemplo. A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, orienta para que as pessoas, nessas condições, busquem o atendimento da Fundação Alfredo da Matta, que é referência em dermatologia, na região. “O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento aumentam as chances de cura”, afirmou.

O diretor-presidente da Fuham, Carlos Chirano, explica que não é preciso ter encaminhamento de outras unidades de saúde, seja pública ou particular. Mas é essencial que a pessoa tenha em mãos o Cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), o CPF e, se tiver disponível, o comprovante de residência. O atendimento será realizado mediante a distribuição de fichas. A Fundação Hospitalar Alfredo da Matta fica localizada na avenida Codajás, nº 34, no bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus.

A hanseníase no Amazonas

No Amazonas, a hanseníase apresenta números considerados de média endemicidade, pelo que determina a Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo dados do Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia (DCDE) da Fuham, em 2024, foram detectados 256 casos novos de hanseníase no Estado. Do total de casos novos, 92 (35,9%) eram de residentes de Manaus e 164 (64,1%) de outros 44 municípios.

O diretor-presidente da Fuham destaca que fatores culturais influenciam nos números de registros de hanseníase. Por isso, ações como a de sábado ajudam no combate à doença. “Hoje, estamos como uma média em torno de 60%, de diagnóstico tardio. É preciso que as pessoas busquem o atendimento para diagnóstico na fase precoce, com maior probabilidade de cura”, observa Carlos Chirano.