BRASÍLIA — Hackers invadiram a rede do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e tentaram travar o sistema. O ataque cibernético foi detectado e interrompido, antes que fosse efetivado e sem prejuízo aos processos e dados, segundo informado neste domingo (8) pela Corte.
“O Superior Tribunal de Justiça informa que nesta sexta-feira (6) foi alvo de atividade criminosa cibernética e sofreu uma tentativa de paralisação de seus sistemas”, registra nota divulgada pelo STJ.
“Em questão de poucos minutos, o controle foi totalmente retomado, assegurando o funcionamento dos serviços digitais”, informou o STJ – que foi alvo de um dos maiores ataques hackers, registrados em instituições de Estado, em 2020.
Após a invasão de 2020, o STJ investiu no reforço do sistema de segurança digital e aperfeiçoou protocolos. O sistema foi invadido em novembro de 2020 e “sequestrado” pelos cibercriminosos. Sessões, processos, acessos de servidores e magistrados, tudo foi paralisado. Os criminosos cobraram para destravar a rede, mas ele foi restabelecido.
No ataque desta sexta-feira, o STJ informou que a ação criminosa digital “não causou prejuízos aos usuários”.
A área de crimes cibernéticos da Polícia Federal (PF) deve investigar a ação em busca dos criminosos e dos meios utilizados. As ações hackers em redes e sistemas de dados de órgãos governamentais têm preocupado.
Há dois meses parte do sistema eletrônico de informações do governo federal ficou fora do ar, por uma ação criminosa. O sistema de pagamentos da União também foi alvo. Em abril, foi a própria polícia que virou vítima. O sistema de emissão de passaportes da PF via internet ficou fora do ar por dias.