Com as altas temperaturas do verão amazônico, as intervenções do programa “Nosso Centro” vão dando nova forma a projetos arquitetônicos lançados pelo prefeito David Almeida, cujas obras seguem em avanço, no início da avenida 7 de Setembro, Centro.
Se antes sobrava abandono, deterioração e vazio urbano, hoje o espaço ganha configurações de área pública em requalificação, como é o caso do mirante Lúcia Almeida e do casarão Thiago de Mello.
No prédio, que será o primeiro espaço multigeracional vertical da capital, estão em execução alvenaria no primeiro e segundo pavimentos, incluindo chapisco e reboco; reforço estrutural das lajes com steel deck; e reboco externo de fachada.
Os trabalhos na edificação, que foi a sede da extinta Companhia Energética do Amazonas (Ceam), incluem ainda perfuração das estacas raiz da caixa da escada e do elevador; concretagem das vigas aéreas da cobertura; e infraestrutura de elétrica e lógica nas paredes do térreo.
“Estamos acompanhando as obras e os primeiros acabamentos de pilares, alguns detalhes técnicos da evolução. E o prazo de 23 de dezembro está mantido”, explicou o diretor-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb). A autarquia assina o projeto arquitetônico.
Atravessando a rua, o futuro casarão Thiago de Mello ganha contornos do que era um casario do século 19. As paredes receberam selador e emassamento, enquanto os banheiros têm revestimento cerâmico. No canteiro, os operários executam a alvenaria para abertura da laje técnica metálica e a infraestrutura de elétrica, além das fachadas externas passarem por lavagem e recuperação.
O casario eclético de dois pavimentos é datado de 1908 e classificado como uma unidade de interesse de preservação de segundo grau, de acordo com decreto 7.176/2004. A casa chegou a abrigar o depósito da firma Sinfrônio & Cia.
O espaço recebe serviços para sua reconfiguração e reuso para se transformar em um museu e espaço de exposição e convivência no centro histórico. Somado ao largo, essa trinca de intervenções promete ser um caso emblemático de regeneração urbana e reabilitação do Centro da capital.
“O complexo será um exemplo de como investimentos da prefeitura em espaços públicos podem ser uma estratégia efetiva para desenvolver a economia local, dar valor e expressão ao pertencimento dos moradores do entorno e empoderar a confiança para novos negócios”, explicou o diretor de Planejamento da autarquia, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.
Além de pertencimento, orgulho e autoestima serão fomentados com os novos espaços públicos que estão sendo reformados e restaurados no território, que tem uma vista incrível para o rio Negro. A grande área pública foi pensada para todos os tipos de públicos, de crianças a adultos, com acessibilidade e conexão entre os prédios. Será algo que está sendo construído no presente e terá reflexo direto no futuro, para filhos e netos de moradores e visitantes do espaço.