Uma expedição de cientistas, liderada por Matthew Mulrennan, tinha como objetivo capturar imagens de uma lula enorme em seu habitat natural. O resultado foi a filmagem do bicho de vidro juvenil nadando.
A lula filmada apresenta características inusitadas: é transparente ao olho humano, com tentáculos vermelhos e bioluminescência azul. O exemplar juvenil tem 12 cm e pertence à família das lulas de vidro.
A expedição foi baseada no barco de turismo antártico Ocean Endeavour, operando entre dezembro de 2022 e abril de 2023. A motivação para a expedição veio da curiosidade dos cientistas e do apoio dos turistas a bordo.
A equipe enfrentou diversos desafios, operando câmeras em horários tardios e monitorando constantemente as águas geladas. Capturaram 62 horas de filmagem, superando obstáculos como o gelo marinho.
A análise das filmagens, realizada pela Auckland University of Technology na Nova Zelândia, identificou um pequeno candidato para a busca colossal, potencialmente uma Galiteuthis glacialis.
O estudo das lulas colossais é complexo, pois elas dependem de pressões oceânicas intensas para se manterem intactas. Grande parte do conhecimento atual vem de pedaços recuperados dos estômagos de cachalotes.
Importância do estudo
A importância do estudo reside no fato de que a lula é o maior cefalópode e invertebrado da Terra. Estudar esses animais em seu habitat natural é crucial para desvendar os mistérios que os cercam.
A expedição Kolossal planeja retornar em novembro com novos equipamentos, incluindo mais câmeras, cabos mais longos e ferramentas para coletar amostras de DNA.