Vídeo mostra estudante de jornalismo sendo agredida por PM em Manaus

Segundo a vítima, de 18 anos, o policial teria pensado que ela estava filmando a abordagem deles. A Polícia Militar informou que os agentes envolvidos devem ser afastados e um inquérito aberto para investigar o caso. ─ Imagem: Divulgação

Uma estudante de jornalismo, de 18 anos, foi agredida por um policial militar na tarde desta terça-feira (6). O caso aconteceu por volta das 17h15 na praça do Prosamim Mestre Chico, localizado no Centro de Manaus.

Segundo a vítima, os oficiais estavam realizando abordagem policial pela área, no momento do ocorrido.

“Eu estava no Prosamim do Centro, quando dois policiais estavam fazendo uma abordagem de em uns rapazes e eu fiquei tranquila, porque eles só estavam fazendo o trabalho deles. Quando um deles achou que eu estava gravando e pediu para ver o meu celular. Debloqueei e entreguei ao policial”, contou a vítima

A estudante relata que foi agredida por um dos PMs por acharem que estavam sendo gravados por ela.

“Por volta de 2 a 3 minutos, pedi meu celular de volta, ele olhou pra mim e já tentou quebrar meu braço. Chamou o outro e disse que eu estava gravando e eu não estava. [O policial] disse que eu merecia ir pra delegacia, ele pega e fala que eu sou puta e desfere um tapa no meu rosto. Só não me agrediu mais porque ele viu que mais gente estava filmando”, detalhou a estudante.

Em vídeo, é possível ver o momento da agressão do policial que proferiu o tapa fazendo com que a vítima caísse no chão.

A estudante ressaltou que ainda não realizou Boletim de Ocorrência por conta de não poder faltar o expediente do trabalho, pois é colaboradora em uma unidade hospitalar. Porém, confirmou ao A Crítica que fará o B.O ainda nesta quarta-feira (7) às 14h.

Policiais serão afastados

Por meio de nota, a Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) da PMAM informou que está acompanhando o caso e que será instaurado Inquérito Policial Militar para analisar a conduta dos policiais da 24° Companhia Interativa Comunitária envolvidos na ocorrência.

“Ressaltamos que os policiais serão afastados de suas atividades operacionais até a conclusão do processo. Todos os elementos apresentados durante a ação investigatória serão apurados da forma transparente que o caso requer, respeitando o direito ao contraditório e à ampla defesa.

A Polícia Militar não compactua com abusos, excessos e comportamentos que contrariem a lei e a ordem. A Corporação preza sempre pelo bem comum, com o dever de servir, proteger e preservar os direitos individuais e coletivos.”

FONTE: A Crítica