Venezuela, Cuba e Nicarágua se preparam para “pegar em armas”, diz Maduro

A declaração ocorreu um dia após Maduro assumir seu terceiro mandato.

CARACAS, VENEZUELA — Em discurso no Festival Mundial Antifascista, no sábado (11), o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que a Venezuela, junto com Cuba e Nicarágua, está se preparando para “pegar em armas” caso precise defender sua soberania. A declaração ocorreu um dia após Maduro assumir seu terceiro mandato, marcado por denúncias de fraude eleitoral e pressão internacional.

Maduro acusou “ameaças imperialistas” e disse que o país está pronto para uma “luta armada legítima” se necessário. A fala acontece em meio a sanções dos EUA, União Europeia e outros países, além de pedidos de intervenção militar, como o feito pelo ex-presidente colombiano Álvaro Uribe.

No dia anterior à posse, o general Domingo Hernández Larez, das Forças Armadas da Venezuela, postou um vídeo com mísseis, afirmando que “a pátria se defende”. O governo também fechou fronteiras e espaço aéreo após o líder da oposição, Edmundo González, declarar que tomaria posse, alegando ter vencido as eleições de julho.

A retórica belicista de Maduro e seus aliados aumenta as tensões em um país já afetado por crise política, econômica e humanitária, enquanto a comunidade internacional debate como lidar com a situação.