MARANHÃO — A historiadora e cantora travesti Tertuliana Lustosa protagonizou uma performance polêmica durante uma mesa-redonda na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) na última sexta-feira (18). A apresentação, que incluiu rebolados, exposição dos glúteos e a música “Educando com o C…”, gerou debates acalorados sobre os limites da liberdade de expressão em um ambiente acadêmico.
O evento, intitulado “Dissidências de gênero e sexualidades”, visava discutir temas como gênero e sexualidade. No entanto, a performance de Tertuliana, que também é mestranda em Cultura e Sociedade, acabou ofuscando o debate principal. A UFMA emitiu uma nota oficial, classificando a música como “inapropriada” para o contexto acadêmico e ressaltando a importância de manter um ambiente respeitoso.
A artista, por sua vez, defendeu sua apresentação, argumentando que a obra já havia sido apresentada em outras ocasiões e que buscava discutir a relação entre corpo, prazer e pedagogia. “As pessoas não entendem que a produção de conhecimento é ampla”, afirmou Tertuliana.
O professor Carlos Wellington Martins, que acompanhava a pesquisadora, também se manifestou em defesa da performance, destacando a vasta produção artística e acadêmica de Tertuliana. “Vamos primeiro conhecer a artista”, disse ele.
O caso rapidamente se espalhou pelas redes sociais, dividindo opiniões entre aqueles que defendem a liberdade de expressão artística e aqueles que consideram a performance inadequada para um ambiente acadêmico. A polêmica levanta importantes questões sobre os limites da arte, o papel da universidade como espaço de debate e a importância de promover um ambiente inclusivo e respeitoso para todos.
