Ufam e Cetam planejam qualificação de Agentes Indígenas de Saúde e de Saneamento no AM

© Ismael dos Santos

A partir do dia 26 de maio, professores e técnicos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) participam do primeiro de quatro módulos de cursos para a qualificação de 1.530 Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e de Saneamento (AISAN) em sete Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis), que englobam os 62 municípios do Amazonas.

No dia 26 de abril, as equipes se reuniram no Departamento de Políticas Afirmativas (DPA) da Pró-reitoria de Extensão (Proext) para discutir o planejamento estratégico de execução do primeiro módulo, no âmbito do qual serão atendidos municípios do entorno de Manaus (Iranduba, Manacapuru, Rio Preto da Eva, entre outros).

O projeto de qualificação de agentes indígenas é composto por quatro módulos, sendo que dois estão previstos para 2018 e dois para 2019. Os professores selecionados para a capacitação devem ficar entre 10 e 15 dias em locais como escolas e aldeias indicados pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), pela Ufam e pelo Cetam.

Expertise

Para a coordenadora do projeto na Universidade, professora Cláudia Guerra, diretora do DPA-Proext, os indígenas estão na expectativa pela qualificação. “Eles aguardam há mais de 20 anos, então, existe uma grande perspectiva deles em relação aos cursos. Ufam e Cetam vão entrar em áreas nas quais poucas instituições adentraram. Estamos com uma equipe grande, formada por biólogos, antropólogos, enfermeiros e médicos. É o primeiro curso do País com tal escopo, e queremos que seja um modelo”, observou a professora Guerra.

Já para o diretor da Escola de Saúde do Cetam, Salatiel Gomes, a expertise das instituições parceiras em trabalhos com as populações tradicionais é fundamental para o sucesso do projeto. “O Cetam tem uma experiência na educação profissional e a Ufam tem uma experiência imensa no ensino, na pesquisa e na extensão, de modo que unimos forças para que o projeto seja relevante para os indígenas”.