Ucrânia sinaliza que aceita proposta de Lula para acabar com guerra

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A guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode estar perto de uma reviravolta que pode levar os dois países a colocarem um fim ao conflito armado. Isso porque o presidente Lula (PT) deve telefonar nos próximos dias para o presidente ucraniano Volodymir Zelensky. Na pauta, um eventual processo de mediação na guerra que completa um ano. As informações são do jornalista Jamil Chade, no UOL.

O telefonema de Lula para Zelensky deve ser no sentido de o Brasil se posicionar como mediador de um processo que tem por objetivo colocar fim à guerra.

Desde a posse do presidente Lula, há um pedido do presidente da Ucrânia para uma conversa com o mandatário brasileiro. A oferta ganhou corpo depois de reunião realizada neste sábado (18) entre os chanceleres dos dois países.

A data da conversa entre Lula e Zelensky deve ser definida depois do feriado de Carnaval no Brasil. Além disso, em abril, o chanceler russo, Sergei Lavrov, deve fazer uma visita ao país.

O presidente Lula tem se colocado contra a guerra desde as eleições e, em recente entrevista à CNN Brasil, o presidente brasileiro afirmou que “a Rússia cometeu um erro histórico ao invadir a Ucrânia”.

Além disso, o Brasil passou a aceitar o fato de que o agressor é o governo de Vladimir Putin. No entanto, a diplomacia brasileira afirma que isso não significa que o país entrará na guerra em apoio aos ucranianos.

O presidente Volodymir Zelensky sinalizou de forma positiva com a proposta do Brasil de incluir, pela primeira vez, um apelo pelo fim das hostilidades em uma resolução que deve ser apresentada para voto na Assembleia Geral da ONU, na semana que vem.

A resolução a ser votada na Assembleia Geral da ONU marca um ano do conflito e reforça a condenação contra a invasão russa. Assim como fez em 2022, o Itamaraty deve voltar a dar seu apoio ao texto, diante do sinal verde dos ucranianos para aceitar o pedido de fim das hostilidades.

De acordo com informações de Jamil Chade, a comunidade internacional já entendeu a postura do governo brasileiro e sabe que não haverá envolvimento direto do país com a guerra.