EUA — Os Estados Unidos vivem uma nova onda de execuções capitais , com três condenados à morte marcados para serem levados à injeção letal em diferentes estados americanos na mesma semana.
O primeiro deles foi Benjamin Ritchie, de 45 anos , executado na terça-feira (20) no estado de Indiana , após ser condenado pelo assassinato do policial Bill Toney , ocorrido há mais de duas décadas. O crime aconteceu quando o agente tentava interceptar uma van roubada por Ritchie em um posto de gasolina em Beech Grove .
Ritchie recebeu a injeção letal na prisão estadual de Michigan City e foi declarado morto às 5h46 GMT (2h46 no horário do Brasil) , cerca de 45 minutos após o início da aplicação do coquetel fatal.
Esta é a segunda execução realizada em Indiana desde 2009 , destacando que alguns estados ainda mantêm a prática da pena de morte, mesmo com a redução crescente de seu uso no país.
Outros dois casos também estão previstos para a mesma semana: no Texas, o condenado Matthew Johnson, de 49 anos , será executado por incendiar uma loja e matar uma idosa de 76 anos em 2021; já no Tennessee , o septuagenário Oscar Smith, de 75 anos, enfrentará a morte por injeção letal pelos assassinatos de sua ex-esposa e dois enteados em 1989.
Desde o início de 2024, 17 execuções foram registradas no país , sendo a maioria por injeção letal, embora alguns estados ainda utilizem métodos como pelotão de fuzilamento e gás nitrogênio.
Apesar disso, 23 dos 50 estados norte-americanos aboliram a pena de morte , enquanto outros três mantêm moratórias , suspensões temporárias das execuções. O tema segue polarizando opiniões, especialmente após declarações públicas do ex-presidente Donald Trump , defensor da ampliação da pena capital para crimes considerados “vis”.
Esses novos casos reacendem o debate sobre ética, justiça e eficácia da pena de morte no sistema judicial dos Estados Unidos.
