Trecho do Rio Autaz Mirim começa a ser aterrado para passagem de veículos na BR-319

Chamada de "passagem seca", a intervenção no Rio Autaz Mirim terá 30 metros de extensão. FOTO: DNIT

MANAUS — Em busca de alternativas amenizar os danos nos quilômetros 23 e 25 da BR-319, locais onde as pontes desabaram, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que uma análise técnica foi feita na região.

Sobre as obras de terraplenagem no Rio Autaz Mirim, um especialista ouvido pelo g1 alerta para os riscos ambientais que podem ser ocasionados.

Chamada de “passagem seca”, a intervenção no Rio Autaz Mirim terá 30 metros de extensão. No local, será implantado um sistema de drenagem e serviços de terraplenagem, conforme o Dnit.

Ainda conforme a autarquia, o acesso na margem direita do rio também está adiantado. Durante a quarta-feira (12) foi feito o lançamento de rachão, que são pedras, no leito do rio. Com isso, será possível realizar a passagem de equipamentos e materiais. Após a instalação dos bueiros, serão iniciados os serviços de terraplenagem.

“Um aterro sempre gera represamento do fluxo das águas do rio, por isso é preciso ter cautela até para garantir a segurança de trafegabilidade sobre o mesmo, pois assim que houver qualquer alteração do volume das águas, em caso de aumento repentino de chuvas, isso ainda pode acarretar ainda mais prejuízos”, alertou o ambientalista Carlos Durigan.

Rio Curuçá

A BR-319 teve duas pontes danificadas em um intervalo de 10 dias. Antes da ponte sobre o Rio Autaz Mirim despencar, no dia 8 de outubro, a ponte sobre o Rio Curuçá já havia desabado no fim de setembro e deixou quatro mortos, 14 feridos e uma pessoa desaparecida.

No trecho onde a primeira ponte caiu, o Dnit afirma que concluiu os acessos necessários às margens do Rio Curuçá para possibilitar a operação das balsas.

A expectativa é retomar o quanto antes a trafegabilidade por completo na rodovia, de acordo com a autarquia.

Emergência

O Departamento anunciou também, que publicou na edição do Diário Oficial da União (DOU) de terça-feira (11), as portarias que decretam situação de emergência de ambas as pontes. A partir da decretação de emergência, o Dnit tem autorização para realizar a contratação dos serviços para a reconstrução das travessias.

O anteprojeto de engenharia encontra-se em fase avançada de conclusão.

Por g1