Torcedores do Boca são presos por imitar macaco e fazer gesto nazista em jogo com Corinthians

Dois deles foram enquadrados no crime de injúria racial pelos gestos racistas à torcida corintiana. O terceiro, que fez a saudação nazista, responde por racismo; fianças são de R$ 20 mil. — CRÉDITO: HENRIQUE TOTH

SÃO PAULO — Três torcedores do Boca Juniors foram presos durante o jogo entre o time argentino e o Corinthians, nesta terça-feira, em Itaquera, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. Eles estão no Centro de Detenção Provisória Pinheiros III.

Segundo o delegado Cesar Saad, da Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), dois torcedores foram filmados imitando macaco na direção dos corintianos. Estes acabaram enquadrados no crime de injúria racial e terão de pagar fiança de R$ 20 mil para responderem o processo em liberdade.

O outro foi flagrado fazendo uma saudação nazista. Em uma primeira informação do delegado, o torcedor seria enquadrado em apologia ao crime, que é inafiançável. O argentino chegou a alegar que estava mandando beijos aos corintianos.

Horas depois, a situação mudou. Segundo o representante da Defensoria Pública do Estado de São Paulo na arena, o argentino foi enquadrado no crime de racismo, mas também podendo pagar fiança (R$ 20 mil) para ficar em liberdade.

Dois torcedores do Boca Juniors, um deles familiar de um dos presos, se comprometeram a pagar a fiança de um dos que imitou macaco e do homem que fez a saudação nazista. A liberação dos dois acontecerá na abertura do expediente bancário, por volta das 10h da manhã desta quarta-feira.

Outros três torcedores do Boca foram detidos e levados ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) no estádio e, horas depois do jogo, acabaram liberados.

Há também um argentino que não foi encontrado pelos policiais depois de ser gravado fazendo gestos racistas. (GE)