Toada homenageia Arlindo Júnior e será apresentada hoje na Missa de 7º dia

Na foto, Joel Maklouf (nos teclados) e Neil Armstrong (último, ao fundo), que fizeram os arranjos. ─ Foto: David Batista

“O cantador das estrelas” é o título da toada, em homenagem a Arlindo Júnior, concebida após o falecimento dele, no domingo (29/12). O parintinense Eder Lima é o autor. O apresentador do Caprichoso, Edmundo Oran, após ouvi-la, a apresentou a artistas amigos do Pop da Selva. Nesta sexta (03), nomes como Oran, David Assayag, Edilson Santana, Klinger Araújo e Prince do Boi se reuniram para gravá-la.

A toada deve ser apresentada na Missa de 7º Dia por Arlindo. O ato religioso ocorrerá sábado (04/01), às 19h, no Centro de Convenções Vasco Vasques. Será inteiramente aberto ao público.

Nesta quinta, os músicos construíram a base da toada. Os arranjos foram feitos por Neil Armstrong e Joel Maklouf. O amo do Caprichoso, Prince do Boi, gravou a voz guia – usada pelos músicos na gravação dos instrumentos.

Estúdio de Arlindo

A gravação de “O cantador das estrelas” está sendo feito no estúdio Amazonas Artes, propriedade de Arlindo Júnior O clima, durante as gravações, foi de muita emoção.

“Para mim será emoção muito grande participar dessa homenagem. Arlindo ficará para sempre em nossas memórias. Não sei como vamos nos comportar gravando essa canção, que conta a trajetória dele. Foi ele que mostrou o que é viver, ‘Um sentimento puro por um ser/ Ele foi azul até morrer’. Esse trecho da música para mim é o mais importante. Fala do sentimento que ele tinha e nos ensinou a ter pelo nosso boi”, conta Edmundo Oran, emocionado.

A letra passeia pela trajetória do artista e relembra sucessos que marcaram a carreira dele.

Inspiração em sonho

Eder Lima afirma que sonhou com Arlindo e ao acordar escreveu a letra. O próximo passo foi compartilhá-la com Edmundo Oran. Para o compositor, Arlindo e David Assayag são duas pessoas que inspiram só de lembrá-los. “Cada um com suas características eternizaram o festival de muitas formas. Lembro de quando ia para a galera, no meio do povão, só com mochila, laranja e garrafa de água. Arlindo bastava olhar e a torcida já sabia o que fazer”, relembra.

“Eu fiz minha parte, mas não tive coragem de ir ao velório. Quero ter a lembrança daquele Arlindo alegre, pra cima, jamais triste ou falecido. A vida é apenas uma passagem. Saímos dessa vida para uma outra melhor. Ele foi um guerreiro. Agora ele deixa de ser homem para ser uma lenda”, disse Eder.

O artista explica que tentou reunir na composição um pouco de tudo que marcou a história do Arlindo Júnior.

Ouça a voz-guia, gravação que não tem masterização, feita por Prince do Boi:

Por PMS