Tiros de alerta autorizados contra invasores aéreos na COP30

Restrições valem para a Cúpula de Líderes da COP30

BELÉM, PA — Para assegurar a tranquilidade dos debates na Cúpula de Líderes da COP30, sediada em Belém (PA), o governo brasileiro emitiu um decreto que habilita o Sistema de Defesa Aeroespacial a monitorar e, se preciso, conter voos irregulares na região. Essa norma temporária ativa-se 60 minutos antes da abertura do primeiro compromisso oficial e perdura até 60 minutos depois do fechamento do derradeiro, cobrindo as datas de 6 e 7 de novembro – de quinta a sexta. Engloba desde aviões comerciais e drones até modelos recreativos, planadores e todo aparato capaz de planar.

Aeronaves entram na categoria de “irregulares” se navegarem sem rota pré-aprovada, operarem no escuro sem sinalização luminosa, ignorarem o chamado das torres de controle, invadirem setores vedados sem permissão ou tentarem despistar as patrulhas aéreas ao serem sinalizadas.

O protocolo inicia com esforços de diálogo via rádio. Na ausência de respostas, jatos de caça podem lançar rajadas de alerta para forçar o cumprimento das ordens. Em casos de ameaça iminente, uma máquina aérea rotulada como “perigosa” autoriza-se a derrubada, desde que validada por um superior hierárquico ativo, a exemplo do chefe das missões espaciais.

Vinte e quatro horas após o término da cúpula, o céu sobre Belém volta ao regime padrão de tráfego aéreo. Essa estratégia visa blindar o evento contra riscos vindos dos ares.

No front terrestre, a gestão local de Belém testou, no último domingo (2 de novembro), o esquema definitivo de circulação urbana e traslados de comitivas. O exercício reuniu múltiplas equipes de fiscalização e replicou fielmente os caminhos das personalidades globais.

Paralelamente, a pasta de Segurança Urbana da capital paraense redesenhou os itinerários do transporte coletivo. Do 4 ao 9 de novembro, as alterações mais impactantes recaem sobre os coletivos que cruzam as vias Almirante Barroso (ex-Arthur Bernardes) e Júlio César, interligando o entorno aeroportuário ao Parque da Cidade – epicentro das negociações entre mandatários internacionais.