Terceirizados da Saúde do AM protestam por salários atrasados

Manifestação aconteceu no início da noite deste domingo (3), em frente ao HPS 28 de Agosto. | Foto: Lucas Vítor Sena

“A escravidão foi abolida no Brasil, mas ela permanece na saúde de Manaus.” Foi com essa frase que uma manifestante resumiu a atual situação dos médicos e demais funcionários das empresas terceirizadas de saúde do Amazonas. Os funcionários se reuniram em manifestação no início da noite deste domingo (3), em frente ao Hospital e Pronto Socorro (HPS) 28 de Agosto, na Zona Centro-Sul da capital.

O motivo principal da manifestação é a falta de pagamentos por parte do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), além da falta de estrutura e insumos dentro das unidades de saúde. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Mário Viana, os salários estão atrasados, em média, seis meses.

“O que queremos é que os salários sejam pagos pelo menos um mês, em uma competência, e as demais, sejam pagas ao longo dos outros meses, o mais rápido possível. Isso é pra atender as necessidades dos médicos, que são imensas. Algumas empresas estão com os pagamentos em mais de seis meses, para você ter noção”, afirma.

Viana ainda afirma que faltam materiais nas unidades de saúde do Estado, e que essa também é uma das reivindicações dos profissionais. “Falta medicamentos, fio cirúrgico, remédios, e insumos no geral. Além disso, ainda faltam leitos nas UTIs, faltam leitos nas maternidades, e isso acaba prejudicando o trabalho dos médicos do nosso Estado”, afirmou.

Por EM TEMPO