
Um som profundo e misterioso captado nas profundezas do oceano continua a intrigar cientistas e curiosos ao redor do mundo. Conhecido por alguns como “Bloop” — um ruído agudo e potente registrado pela NOAA na década de 1990 —, o fenômeno reacende o debate sobre o que pode gerar tais sons em regiões inexploradas dos oceanos. Embora estudos apontem para origens geológicas, como o rompimento de geleiras ou terremotos submarinos, muitos ainda especulam sobre a possibilidade de ser produzido por uma criatura gigantesca, jamais vista pela ciência.
Som original do “Bloop”:
O som, que pode viajar milhares de quilômetros sob a água devido à densidade do meio, foi registrado por hidrofones espalhados pelo Pacífico. Sua intensidade superou a de qualquer animal conhecido, inclusive de baleias-azuis, que são capazes de emitir sons de até 188 decibéis. A hipótese de uma vida marinha colossal, inspirada por lendas como o Kraken, persiste no imaginário popular, embora a ciência prefira explicações naturais.
Pesquisas mais recentes indicam que sons semelhantes ao “Bloop” estão ligados ao colapso de icebergs na Antártida, um fenômeno chamado de “icequake”. Mesmo assim, novas gravações de ruídos não identificados continuam surgindo, especialmente em trincheiras abissais como a Fossa das Marianas, onde a pressão e a escuridão dificultam a investigação.
A tecnologia avança com submarinos autônomos e sensores acústicos de última geração, mas 80% do fundo do mar ainda permanecem inexplorados. Enquanto isso, o oceano segue guardando seus segredos — e seus sons — nas profundezas mais remotas.


