Subiu para sete o número de mortos no deslizamento que ocorreu hoje (10) no início da manhã, na Comunidade Boa Esperança, em Piratininga, Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que além dessas vítimas, 11 pessoas foram resgatadas com vida. Ao longo desta semana, choveu muito no Rio de Janeiro e em Niterói.
Oitenta bombeiros de sete quartéis estão trabalhando na operação, que conta com o apoio de agentes da Defesa Civil e de órgãos da prefeitura.
Prefeitura monta esquema
A Prefeitura de Niterói montou um esquema com aproximadamente 200 profissionais da Defesa Civil, secretarias de Obras, Conservação, Assistência Social, Saúde e Companhia de Limpeza.
Eles começaram a chegar no local logo após o deslizamento e trabalham de forma integrada com as equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Agentes da companhia de trânsito NitTrans e da Guarda Municipal coordenam o acesso à região.
Segundo a Prefeitura, a Defesa Civil municipal informou que “houve a ruptura de um maciço em uma área de preservação ambiental acima da localidade Boa Esperança. A região não era diagnosticada como de alto risco geológico dentro do mapeamento de risco do Departamento de Recursos Minerais do Governo do Estado (DRM), que norteia a atuação da Defesa Civil”.
A administração municipal montou uma base de apoio na Escola Municipal Francisco Portugal Neves, em Piratininga, que está recebendo os desabrigados. A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos providenciou alimentação no local e a doação de cestas básicas para as famílias que optarem por ficar com familiares e amigos.
Conforme a Prefeitura, desde 2013, foram realizadas 70 obras de contenção de encostas e houve a entrega de mais de 3 mil casas populares com foco em áreas de alto risco geológico.
O sistema de alertas e alarmes por sirenes foi municipalizado em setembro de 2016, após o governo estadual anunciar que não tinha recursos para a manutenção dos equipamentos.
A prefeitura garantiu que “em nenhum momento o serviço deixou de funcionar na cidade e, atualmente, Niterói conta com 33 sirenes de alerta para desastres naturais em 28 pontos, além de 51 pluviômetros”.