Servidora federal é presa por estelionato

Eva Maria Silva Nascimento trabalhou em diversas agências bancárias e descobriu as fragilidades dos sistemas | Foto: Divulgação

A servidora federal Eva Maria Silva Nascimento, 48, foi presa, na casa dela, no bairro Novo Aleixo, zona norte, na última sexta-feira (30). Ela é suspeita de estelionato majorado por ter recebido, por quase 30 anos, cerca de R$ 4 milhões da aposentadoria do servidor público Fernando Bonates, que morreu em maio de 1990. A investigação iniciou há um mês, quando a Previdência do Estado do Amazonas (Amazonprev) constatou as irregularidades e acionou a polícia. Mensalmente, a mulher recebia R$ 8,9 mil.

O diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), delegado Sinval Barroso, explicou que a polícia passou a acompanhar os passos da servidora e conseguiram descobrir, por meio sistema de notas fiscais e cruzamento de dados, informações que permitiram identificá-la.

“Ela tinha contato com o Fernando e o ajudava a receber, na época. Então, se aproveitou desse envolvimento que tinha com ele, ainda muito nova, quando tinha cerca de 18 anos. Quando descobriu que o aposentado havia falecido, a servidora se apropriou do dinheiro dele”, explicou.

Barroso afirmou que a mulher já havia trabalhado no Banco do Estado do Amazonas (BEA), no Bradesco e, por último, no banco dos Correios, onde  trabalhava há dez anos. Ela descobriu as fragilidades dos bancos, o que a ajudou a realizar o crime.

O presidente da Amazonprev, André Luiz Zogahib, disse que não tem como afirmar se Eva Maria contava com a participação de algum servidor do órgão, mas não descartou a possibilidade.

“As investigações ainda estão no início. Existe um processo para que a gente consiga identificar, de fato, como foram os procedimentos dessa senhora, mas ela conseguiu burlar o sistema, principalmente, dentro do banco e burlava o recadastramento”, disse.

Eva Maria foi indiciada por estelionato majorado e será encaminhada ao Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), onde ficará à disposição da Justiça.

Por D24AM