
REINO UNIDO — Pesquisadores do NHS — o sistema de saúde do Reino Unido — realizaram, pela primeira vez na história, uma transfusão de sangue artificial em humanos. A descoberta representa um avanço promissor no combate à escassez de doações sanguíneas.
🧪 Como é produzido o sangue artificial
O sangue é produzido em laboratório usando células-tronco hematopoéticas, que são cultivadas em uma solução nutritiva por 18 a 21 dias. Essas células amadurecem e se transformam em hemácias – responsáveis por transportar oxigênio no corpo.
👥 Estudo clínico em voluntários
No mínimo, dez participantes vão receber duas transfusões: uma com sangue convencional e outra com as hemácias produzidas em laboratório, para comparação da durabilidade e funcionalidade dos glóbulos vermelhos.
📈 Resultados pré-clínicos
Em testes anteriores com animais, o sangue artificial mostrou-se não apenas funcional, mas também com durabilidade igual ou superior às hemácias naturais, que vivem cerca de 120 dias.
⚠️ Desafios e riscos
Pesquisadores alertam que o corpo humano pode eliminar células que não se deformam para passar pelos vasos, o que poderia reduzir a eficácia do sangue artificial. No entanto, o avanço representa um marco importante.
🌍 Potencial futuro
O sangue artificial é uma esperança especialmente para pacientes com anemia falciforme ou tipos sanguíneos raros, que enfrentam dificuldades para encontrar doadores compatíveis. Ainda que a tecnologia deva levar de 5 a 15 anos para se consolidar, já é vista como um avanço científico de grande impacto.
📌 O que vem pela frente
- Comparar a duração das hemácias produzidas em laboratório x naturais;
- Verificar a segurança das transfusões em longo prazo;
- Desenvolver métodos escaláveis para produção em massa.
Este teste histórico no Reino Unido sinaliza uma revolução no futuro das transfusões: garantir estoque, salvar vidas e atender pacientes com necessidades especiais. A ciência caminha para um mundo em que o sangue artificial será realidade.