Sábado é marcado por protestos contra Bolsonaro em Manaus

FOTO: Junio Matos

Apesar da forte chuva que caiu na cidade no fim da tarde deste sábado (29), os participantes do movimento ‘#ForaBolsonaro’ realizaram uma passeata para protestar contra o governo federal, exigir mais vacinas e gritar contra os cortes nos recursos destinados à educação superior. Os participantes pediram, principalmente, o impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro, mediante a tantas denúncias feitas durante o processo da CPI da Pandemia, que entre outras coisas, investiga a responsabilidade do governo durante a crise de saúde ocorrida no início do ano no Amazonas.

A passeata foi dividida em blocos para não causar aglomerações. Os participantes se deslocaram até o Largo de São Sebastião, onde realizaram o ato público para pedir a saída do cargo de presidente de Bolsonaro.

“Nós estamos manifestando a favor da vacina. Não tem como a economia retornar se não tiver vacina. O Chile, que é uma economia muito menor que a nossa, já vacinou 30% da sua população. E nós aqui no Brasil não chegamos nem a 10%, já estamos chegando a junho. Se a gente não protestar para chamar atenção sobre esse problema, talvez em dezembro a população brasileira não tenha chegado nem a 50% de vacinados”, disse o coordenador do movimento, Yan Evanonick.

Com os lemas ‘Fora Bolsonaro Genocida’ e ‘Mais Vacina e menos Cloroquina’, os participantes membros de movimentos, estudantes, trabalhadores e integrantes de partidos políticos se concentraram na Praça 5 de Setembro, mais conhecida como Praça da Saudade. O ato presencial e on-line seguiu das medidas de segurança para evitar aglomerações e contágio pelo novo coronavírus.

Entre as reivindicações, participantes pediam também a defesa da Zona Franca de Manaus, centro de polêmicas com o Governo Federal e o Estado do Amazonas.

FOTO: Junio Matos

“Esse também é um ato a favor da educação. A Universidade Federal do Amazonas teve um corte de 30% nos seus recursos, e mesmo que todo mundo se vacine não vai ser possível retornar às aulas por conta desses cortes.

Par os participantes, o momento atual é propício para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. “A CPI já escancarou tudo. O depoimento do presidente do Butantã, Dimas Covas, escancarou tudo e revelou que em novembro de um 5 milhões de vacinas a disposição e a população já poderia estar sendo imunizada. Infelizmente, por culpa do governo federal, não conseguimos isso. Poderíamos estar sendo os primeiros países a vacinar sua população e,hoje já estamos chegando a quase 500.000 mortes no Brasil”.

O ex-reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e médico da Fundação Hemoam, Nelson Fraiji, disse que é a favor de todo e qualquer ato que busque o conhecimento.

“Eu sou a favor da vida, sou a favor do respeito às diferenças e sou contra tudo o que está acontecendo no Brasil. O Nosso país está sendo levado ao desastre, e o nosso patrimônio, Amazônia está sendo destruída. Mesmo nesse momento tão difícil essa manifestação é absolutamente indispensável. Se não fizermos nada, nós vamos sangrar até morrer.”, Disse o médico.

Nelson Fraiji disse que para o Presidente da república universidade brasileira não tem valor. “Se a ciência não tem significado nenhum pra ele, imagine a universidade. Na Universidade de forma pessoas com consciência, e quem tem consciência não tolera o que está acontecendo no país”. Ressaltou o ex-reitor da Ufam sobre os cortes nos recursos destinados às universidades brasileiras.

FONTE: A CRÍTICA