
MANAUS, AM — Motoristas e cobradores do transporte coletivo paralisaram parcialmente as operações na manhã desta quinta-feira (11) na zona oeste de Manaus. A ação, motivada pelo atraso no pagamento dos salários de agosto — cujo vencimento era 5 de setembro —, afetou linhas operadas pelas empresas Via Verde e Expresso Coroado.
Ônibus foram estacionados estrategicamente na Avenida Brasil, próximo à sede do Governo do Estado, no bairro Compensa, como forma de pressão.
Apesar do protesto, uma greve formal havia sido judicialmente suspensa na segunda-feira (8) pela desembargadora Eulaide Maria Vilela Lins, do TRT-11. A magistrada atendeu a pedido do Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte), que alegou descumprimento da Lei de Greve (7.783/89), especialmente quanto à notificação prévia de 72 horas.
Em sua decisão, a desembargadora fixou multa de R$ 50 mil por hora em caso de paralisação e R$ 100 mil por hora se houvesse bloqueio de garagens ou impedimento da circulação dos veículos.
Para tentar solucionar o impasse, uma audiência de conciliação foi marcada para esta sexta-feira (12), às 8h30, sob condução do juiz Gabriel Cesar Fernandes Coelho, da Justiça do Trabalho.
Em nota, o Sinetram atribui o atraso ao não repasse, pelo Governo do Estado, dos recursos referentes ao transporte gratuito de estudantes da rede pública. O sindicato afirma que, tão logo os valores sejam liberados, repassará imediatamente às empresas para quitação dos salários em atraso.


