Robinho é condenado por estupro na Itália

(Foto: Ricardo Saibun/Santos FC)

A Corte de Cassação da Itália negou um recurso apresentado pela defesa de Robinho e condenou o jogador por estupro coletivo. A pena é de 9 anos de prisão. Ricardo Falco, amigo do jogador, também foi condenado.

A Corte é o órgão máximo da Justiça italiana que equivale ao STF (Supremo Tribunal Federal) no Brasil. Assim, não há mais possibilidades de apelação por parte da defesa.

O colegiado de 5 juízes ouviu o recurso da defesa de Robinho na manhã desta 4ª feira (19). Mas outros casos também seriam julgados e as decisões anunciadas apenas depois de todos os casos serem analisados. A decisão sobre Robinho saiu no início da tarde.

Com a decisão final, a Itália pode pedir a extradição de Robinho. O Brasil não extradita seus cidadãos. A ação é proibida pela Constituição, o que impossibilita sua prisão dessa forma. Outra possibilidade é o cumprimento do mandado de prisão caso o jogador vá a algum país da Europa. Para que o mandado seja válido em qualquer país fora do Brasil, a Itália precisa emitir um pedido de prisão internacional.

Outro caminho, que pode ser ainda mais demorado, é a Justiça italiana pedir a transferência da execução da pena para o Brasil. Assim, Robinho seria preso aqui. Mas o Supremo Tribunal de Justiça brasileiro precisa homologar a sentença italiana, o que não tem um prazo definido para ser realizado.

Recursos

Robinho já tinha sido condenado em 2020 na 2ª Instância do Tribunal de Apelação de Milão. Antes disso, também foi considerado culpado em 1ª Instância, em 2017. Na época, o jogador tinha contrato com o Milan.

Mas, como cabia recursos, Robinho e Falco permaneceram em liberdade. O atleta voltou ao Brasil e assinou com o Santos.

O nome de Robinho não foi bem recebido por conta da condenação, e a equipe da Baixada Santista decidiu cancelar o acordo. Ao optar por rescindir o contrato com o Robinho, o clube evitou perder cerca de R$ 20 milhões por ano em patrocínios. Depois que a contratação do atacante foi anunciada, em 10 de outubro, o clube passou a ser alvo de protestos da torcida e de ameaças de rompimento de patrocinadores.

Diante da repercussão, diversos patrocinadores do clube se manifestaram. A Philco Brasil, por exemplo, disse que, mesmo com a “forte parceria com o time e seus torcedores” exigia “a rescisão imediata com o atleta”. “Caso contrário, a Philco irá revogar o contrato, pois a situação não compactua com os valores da marca”, escreveu a empresa em seu perfil no Instagram.

O atleta está sem clube.

FONTE: Poder360