SÃO PAULO — Na noite do último dia 20, um incidente de racismo marcou a Brasil Ladies Cup no Canindé, São Paulo, resultando na prisão de quatro jogadoras do River Plate. Durante o confronto com o Grêmio, a confusão se iniciou após um gesto racista de Candela Díaz, que imitou um macaco em direção a um gandula.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) confirmou que as prisões ocorreram em flagrante por injúria racial, sem divulgar os nomes das atletas envolvidas. Os policiais militares conduziram as jogadoras ao 8º Distrito Policial no Brás, onde foram acompanhadas por representantes do Consulado Geral da Argentina. Além disso, uma mulher de 19 anos está sob investigação.
A partida, que estava empatada em 1 a 1, foi interrompida por 30 minutos após as jogadoras do Grêmio deixarem o campo em protesto. A expulsão de seis atletas do River Plate levou ao encerramento prematuro do jogo, classificando o Grêmio para a final contra o Bahia. Como consequência direta dos eventos, o River Plate foi expulso da competição e suspenso por dois anos.
A treinadora do Grêmio, Thaissan Passos, expressou seu descontentamento em entrevista ao Sportv: “Até quando a gente vai viver isso? […] Acaba manchando a competição e a grandeza que é o desenvolvimento do futebol feminino.”
Em resposta ao ocorrido, o Grêmio emitiu uma nota de repúdio e apoio às vítimas, enquanto o River Plate anunciou medidas disciplinares e compromisso com a erradicação de comportamentos discriminatórios. A organização da Brasil Ladies Cup também se manifestou, lamentando o episódio e prometendo apoio às vítimas.