Rebeca Andrade travou mais uma disputa emocionante com Simone Biles neste sábado e, desta vez, conquistou medalha de ouro no Mundial de Ginástica Artística da Antuérpia, na Bélgica. A americana foi a primeira a saltar e estabeleceu média de 14,549 e só foi superada após dois saltos impecáveis da brasileira, que atingiu média de 14,750 para confirmar o seu bicampeonato do salto.
As duas atletas voltaram a protagonizar a briga pelo ouro, assim como havia acontecido na sexta-feira, quando tiveram posições invertidas no individual geral, com Biles vencendo o ouro e Rebeca, a prata. Esta é a sétima medalha da ginasta paulista, que também foi campeã nesta modalidade em 2022, quando Biles não participou. Considerada por muitos a maior da história do esporte, Biles alcança sua 22ª medalha em Mundiais na carreira.
A medalha de bronze ficou com a Seyong Yeo, da Coreia do Sul, que teve nota de 14,416. Esta é a terceira medalha de Rebeca Andrade nesta edição do Mundial, o que estabelece um novo recorde para o Brasil em uma edição do torneio. Ela havia aberto as disputas com medalha de prata por equipes.
No primeiro salto, Biles foi ousada na acrobacia com seu salto característico Biles II, mas perdeu a base na aterrissagem e caiu sentada. Ela ficou com nota de 14,433. Em sua segunda tentativa, a americana chegou próxima à perfeição ao tentar um Cheng e conseguiu nota de 14,666. Primeira atleta a se apresentar, Biles cravou média de 14,549 e não foi superada por nenhuma das outras sete competidoras até o último site, de Rebeca Andrade.
Rebeca Andrade explodiu a torcida com dois saltos impecáveis. Primeiro, a brasileira cravou o Cheng e garantiu nota de 15,000. Na sequência, fez um Yurchenko com dupla pirueta e já saiu comemorando. A nota de 14,500 garantiu média de 14,750 e o ouro para a brasileira.
A outra medalhista do dia puxou um salto reversão com pirueta e meia cravada e teve nota de 14,600. No segundo salto, Seojeong fez um Yurchenko com dupla pirueta e atingiu nota de 14,233, média de 14,416.
As competições do dia foram abertas com a disputa da final do solo masculino, vencida pelo israelense Artem Dolgopyat, que teve média de 14,866 após dois saltos. Kazuki Minami, do Japão, ficou com a prata, e Milad Karimi, do Casaquistão, com o bronze.
“Esta vitória significa que nosso trabalho continua dando certo, tanto na parte mental quanto na parte física. O trabalho de todo mundo ali para eu conseguir controlar minha cabeça e meu corpo na hora do salto. Eu não me importo muito de ser a última, não. Foi bastante tranquilo e tentei ficar bem concentrada para fazer minha parte. Hoje vou descansar porque amanhã tem trave e solo, que acaba com a gente”, disse Rebeca em entrevista ao SporTV após mais um ouro para seu currículo.