
O PSDB, partido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, está próximo de seu fim. Após uma sequência de fracassos eleitorais e a perda de influência política, dirigentes tucanos decidiram que a legenda será incorporada por outro partido. Desde o final de 2023, o PSDB mantém conversas com o PSD, de Gilberto Kassab, e o MDB, de Michel Temer, e a decisão final sobre a fusão deve ser tomada em março deste ano.
A cúpula do PSDB já definiu que a incorporação será feita por um dos dois partidos, encerrando a trajetória de uma das principais siglas da política brasileira. Um interlocutor próximo às negociações brincou: “A noite é bonita e está sendo disputada”. Apesar de algumas vozes dentro do PSDB defenderem a manutenção do nome após a fusão, essa possibilidade é considerada remota. O partido que “conquistar” os tucanos ganhará não apenas uma base parlamentar ampliada, mas também a estrutura partidária e os recursos financeiros da legenda.
Entre os envolvidos nas negociações estão o presidente do PSDB, Marconi Perillo, além de figuras como Gilberto Kassab (PSD), Michel Temer (MDB), Baleia Rossi (presidente do MDB) e outras lideranças emedebistas, como Moreira Franco e Romero Jucá. A decisão sobre o futuro do PSDB reflete o enfraquecimento do partido, que perdeu figuras históricas, como Geraldo Alckmin, e viu seu principal reduto, São Paulo, ser conquistado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2022.
O declínio do PSDB foi marcado por derrotas consecutivas, incluindo a fracassada candidatura de José Luiz Datena à prefeitura de São Paulo, que obteve apenas 1% dos votos. Além disso, o partido não elegeu vereadores na capital paulista, consolidando sua crise. A fusão com o PSD ou MDB parece ser o último capítulo de uma trajetória que, outrora gloriosa, agora chega ao fim.


