Pioneiro em diversas áreas, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) foi homenageado em sessão especial da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) por ser o primeiro órgão público do estado a firmar convênio com a Associação dos Deficientes Físicos do Amazonas (Adefa), a fim de contratar deficientes como servidores do tribunal. A homenagem, de iniciativa do deputado Platiny Soares, teve a presença da conselheira-presidente do TCE, Yara Lins dos Santos, o conselheiro Júlio Pinheiro, o conselheiro Josué Filho, o presidente da Adefa, Isaac Benayon, além de diversas autoridades e vários servidores do tribunal.
Abrindo a sessão, o deputado Platiny Soares relembrou sua passagem pelo TCE, como estagiário, e a maneira como sempre teve “carinho por esse grande projeto de inclusão social, que esperamos que aconteça aqui na Aleam também. Parabéns a todos os participantes desse projeto, que deveria ser modelo para todas as instituições públicas”.
A presidente do Tribunal de Contas, Yara Lins dos Santos, juntamente do presidente da Adefa, Isaac Benayon, receberam cada um uma placa homenageando-os pelo trabalho. O presidente da Aleam, deputado David Almeida, entregou as placas “em reconhecimento a sua contribuição pioneira pela inclusão social.
Ao falar aos presentes, conselheira-presidente agradeceu aos deputados pelo reconhecimento, e ressaltou que o Tribunal, hoje, conta com 26 pessoas trazidas pela Adefa trabalhando na digitalização e organização dos processos do tribunal, que este ano chegaram à marca de 8 milhões de páginas digitalizadas. “Não cabe aos órgãos públicos somente realizar suas obrigações legais, mas também auxiliar a coletividade. Reassumo meu compromisso de fazer uma gestão com foco nas pessoas, melhorando o ambiente de trabalho”, completou a presidente da Corte de Contas.
Idealizador do projeto de convênio com a Adefa e presidente do TCE à época, o conselheiro Júlio Pinheiro acrescentou que a inclusão social realizada pelo tribunal vai além do tema da inclusão, possuindo conotação ambiental. “Além de garantir a dignidade do trabalho, esse projeto garante a redução de papel dentro do tribunal; portanto é uma ação socioambiental, como deveriam ser todas as ações dos órgãos públicos”.
TCE fez adaptações para receber cadeirantes
O presidente da Adefa, Isaac Benayon, agradeceu não apenas a homenagem, mas também a oportunidade dada pelo Tribunal, que “foi além da garantia do direito constitucional de trabalho aos deficientes. O Tribunal adaptou todo o ambiente de trabalho, desde a rua até o setor de digitalização, para garantir a acessibilidade. Para os deficientes auditivos, contrataram uma intérprete de libras para dar suporte. Precisamos avançar na inclusão social, para que outros órgãos tomem a mesma iniciativa”.
Durante a sessão, várias pessoas que contribuíram para o projeto receberam diplomas em reconhecimento a seus trabalhos. O primeiro chefe do setor de digitalização, Moacyr Miranda Neto, representado pela servidora Maria do Perpétuo Socorro Lins, o conselheiro Júlio Pinheiro, idealizador do projeto, o servidor Josetito Dutra Lindoso, assessor, Marlison Azevedo, intérprete de Libras, Adriano Noleto Carnib, chefe de Protocolo e a servidora da Aleam, Patrícia Albuquerque.
O projeto de inclusão social do TCE garante trabalho a deficientes auditivos e deficientes físicos no setor de digitalização de processos, que já passou da marca de 8 milhões de páginas digitalizadas. A chefe da Divisão de Assistência Social, Ângela Galvão, responsável por fiscalizar o projeto, explica que “eles possuem os mesmos benefícios dos demais servidores, podendo utilizar o setor médico com psicólogo, fisioterapia, dentista, entre outros. É muito importante esse reconhecimento ao trabalho do tribunal, que cumpre com sua responsabilidade social nesse e em vários outros projetos sociais”.