Professores e governo não entram em acordo e greve continua no AM

Professores precisam apresentar ao governo um estudo comprovando perdas salariais de 9,6%, segundo o Sinteam. | Foto: Divulgação/Sinteam

A reunião entre representantes da Comissão Paritária de Negociação e o vice-governador do Estado, Carlos Almeida, não colocou fim à greve dos professores no Amazonas. No encontro, que aconteceu na tarde desta terça-feira (23), ficou decidido que professores precisam apresentar um estudo comprovando perdas salariais de 9,6%, conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam).

Durante a reunião na sede do Governo, no bairro Compensa, na Zona Oeste de Manaus, também ficou acertado que os dados podem ser apresentados na próxima semana.

Segundo representante do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, a categoria não recebeu uma proposta efetiva do governo.  “Foi mantida a proposta anterior, de 3,93%, mas nenhuma novidade em relação a isso. A justificativa foi a mesma, mas ele sinalizou uma Comissão para verificar os resíduos de perdas salariais de 2015 a 2018, que estão em 9,6%. Segundo o vice-governador, se nós comprovarmos isso, a proposta de reajuste pode ser encaminhada para a  Assembleia Legislativa,  por não incidir na Lei de Responsabilidade Fiscal deste ano”,  comentou.

Ela explicou que a greve será mantida até que ocorra esse novo encontro e uma reunião com a categoria, o que segundo Rodrigues, não tem data definida ainda.

“Vamos apresentar para ele o estudo que já temos, por onde nos baseamos para trabalhar com a proposta de 15%, junto com toda soma em ganho real. Vamos apresentar a ele esse estudo feito pelo Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos] e esperamos que essa promessa realmente se cumpra. Vamos apresentar isso em assembleia para a nossa categoria e em seguida apresentar ao governo. Não tem data para a próxima assembleia e nem quando vai ser o próximo encontro com o governo e, por enquanto, a greve continua”, afirmou.

Em nota, o Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) informou que será implementado um acampamento na frente da sede do Governo, exigindo que seja encaminhado imediatamente para a ALE-AM o Projeto de Lei definindo o índice de reajuste.

Por A CRÍTICA