Mesmo com a ameaça do governo de aplicar falta para evitar que os trabalhadores aprovassem um indicativo de greve, a categoria decidiu paralisar a partir do dia 15. A decisão foi tomada hoje em assembleia geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (SINTEAM) com a participação de aproximadamente 8 mil pessoas. Trabalhadores de Eirunepé, Parintins, Tefé e Anori também aprovaram o indicativo de greve. Outros municípios realizam assembleia geral nos próximos dias.
Os trabalhadores reivindicam 15% de reajuste salarial. O governo oferece 3,93%.
O próximo passo do sindicato é comunicar governo e sociedade em geral sobre a greve. A Lei afirma que somente 72h após o comunicado oficial é permitido fazer a paralisação. “Amanhã (quarta-feira) avisaremos formalmente o governo e a partir daí começa a contar o prazo. Se não houver nova reunião e uma proposta melhor nesse período, a greve inicia na segunda-feira, dia 15. Estamos em estado de greve”, explicou a presidente do SINTEAM, Ana Cristina Rodrigues.
Desde fevereiro, o SINTEAM negocia com o governo do Estado o reajuste salarial dos trabalhadores da educação. Houve avanço nas pautas secundárias, mas no percentual de aumento, há um impasse.
No último dia 2, em mais uma rodada de negociação, depois de um dia de paralisação, o sindicato pressionou o governo para marcar uma audiência com o governador Wilson Lima, o que foi negado pelo subsecretário da Casa Civil, Rodrigo Cavalcante, e pelo chefe da Casa Militar, coronel Fabiano Bó.
*Com informações da assessoria