Procurada pela Interpol, mulher de João Branco é presa em SP

Conforme a polícia do Amazonas, Sheila Peres teria envolvimento com o último massacre no Compaj, ocorrido em maio de 2019. | Imagem: Reprodução

Sheila Maria Faustino Peres foi presa, no início da tarde desta quarta-feira (10), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP). A informação foi confirmada pelo titular da Secretária de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel Louismar Bonates.

Sheila é apontada como a principal suspeita de ter trazido ordens do esposo, o narcotraficante João Pinto Carioca, o “João Branco”, para o massacre ocorrido no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em maio deste ano. De acordo com o titular da SSP, a mulher estava embarcando em um voo com destino a Barcelona, na Espanha, quando foi presa pela Polícia Federal.

“A Justiça do Amazonas tem um mandado de busca e apreensão em aberto contra Sheila, e nós repassamos isso para a Polícia Federal – que acionou apoio da Interpol. Quando ela estava passando pela Imigração, ainda em Guarulhos, foi detectado o mandado no sistema e acabou presa imediatamente”, afirmou Bonates.

Segundo o secretário, Sheila está sob custódia da Polícia Federal, porém a SSP já está providenciando o recambiamento dela para Manaus. “Por questões de segurança, não podemos dizer quando ela chega. Só o que podemos afirmar é que já estamos providenciando isso”, completou o coronel.

Histórico

Sheila é apontada como o pivô da morte do delegado Oscar Cardoso, assassinado em 9 de março de 2014 com 20 tiros a mando de João Branco. Ela também seria a principal responsável pela disputa de poder entre João Branco e o também narcotraficante José Roberto Fernandes Barbosa, o “Zé Roberto da Compensa”, um dos fundadores da facção criminosa Família do Norte (FDN).

João Branco e Zé Roberto comandavam a FDN até que João Branco decidiu fundar a sua própria facção com dissidentes da FDN, a chamada “FDN Pura” ou “Potência Máxima”.  Zé Roberto está preso na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná (PR), e João Branco cumpre pena na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte (RN).

Por EM TEMPO