Procon vai fiscalizar abusos em novo aumento de combustíveis

Sindicatos de postos de 22 estados pediram, em vão, que a ANP liberasse a venda direta. ─ Foto: Reinaldo Maquiné

Os motoristas que decidiram abastecer seus veículos, na manhã desta quarta-feira (20), na capital do Estado, foram pegos de surpresa com a gasolina custando entre R$ 4,49 e R$ 4,59. Em posto próximo a Bola do Eldorado, bairro Parque Dez, zona centro-sul de Manaus, o combustível está sendo comercializado a R$ 4,59. De acordo com um frentista, que não quis se identificar, o preço subiu, ainda nesta segunda-feira (18). “As pessoas tiveram aquele pequeno impacto na hora de pagar, mas o fluxo está normal”, explicou.

Para o advogado Paulo Nery, 45, o preço está um pouco acima do que estava sendo cobrado na última semana. Ele disse que em comparação a outros meses, quando o combustível chegou a R$4,99, o valor atual ainda é “suportável”. “Todos os meses acontece essa variação e já estamos acostumados. Agora é tentar economizar e saber pesquisar valores abaixo do cobrado”.

Conforme o vice-presidente do Sindicato dos Combustíveis do Amazonas (Sindicombustíveis-AM), Geraldo Dantas, o aumento se deve ao valor repassado das refinarias aos postos de combustíveis e “infelizmente quem sofre são os consumidores”.

“Trata-se da sétima alta já realizada no mês de março e do valor mais alto desde novembro do ano passado. Em 2019, o avanço chegou a 21,47%. Culpa de quem? Empresários? Não, é do governo federal, O valor da gasolina passou de R$ 3,99 para uma média de R$ 4,49 a R$ 4,59, na cidade de Manaus. Mesmo com os aumentos e diversos impostos, o preço da gasolina ainda continua barato”, declarou.

Segundo o diretor-presidente da Ouvidoria e Proteção ao Consumidor (Procon Manaus), Rodrigo Guedes, nesta semana, o órgão deu início a uma fiscalização nos postos de combustíveis em vários bairros da capital, notificando os proprietários para apresentarem as notas fiscais relativas a compras dos produtos junto às distribuidoras, bem como a planilha de preços praticados nos três primeiros meses deste ano.

“O Procon irá continuar com as fiscalizações esta semana. Realizamos as autuações com as notas e toda a documentação. Vamos poder constatar se há uma abusividade ou não no valor cobrado nos postos. Se for constatado alguma irregularidade, nós vamos tomar as medidas que a lei requerer, podendo chegar a fechar o estabelecimento, caso esteja descumprindo as normas”, comentou Guedes.

Por EM TEMPO