No Dia Mundial da Alfabetização, celebrado nesta quarta-feira, 8/9, a Prefeitura de Manaus reafirma o empenho, por meio da busca ativa, para auxiliar os alunos que estão com dificuldades, combatendo o analfabetismo de crianças, adolescentes e adultos. A pandemia da Covid-19 comprometeu a rotina de todos, transformando, há mais de um ano, as aulas presenciais em remotas. A Secretaria Municipal de Educação (Semed), por meio de projetos, trabalha para recuperar a aprendizagem dos mais de 250 mil estudantes da rede municipal.
Com o avanço da vacinação em Manaus, as aulas voltaram a ser 100% presenciais, desde o último 23/8. E para não deixar nenhum aluno para trás, os assessores da Divisão de Ensino Fundamental (DEF) e das Divisões Distritais Zonais (DDZs), junto com os professores e pedagogos das escolas da rede municipal de ensino, intensificaram a busca ativa, para identificar os alunos que estão com dificuldades no ensino.
De acordo com o secretário municipal de Educação, Pauderney Avelino, a alfabetização na rede municipal de ensino inicia pela educação infantil, e no 1º e 2º ano os alunos já devem estar alfabetizados, antes mesmo de finalizar o 3º ano.
“Para o prefeito David Almeida e para todos nós da Semed, a alfabetização é uma questão fundamental, por isso desenvolvemos planos para que as crianças possam iniciar o processo de alfabetização ainda na educação infantil. Dessa forma, os alunos poderão ser alfabetizados no 1º ano do ensino fundamental, e no 2º e 3º ano já estarão lendo, escrevendo e interpretando textos. Nós detectamos alunos do 4º ano que não sabiam ler e escrever, por isso estabelecemos metas para reduzir esse problema social e vamos premiar escolas que erradicarem o analfabetismo”, enfatiza Pauderney.
A Semed trabalha desde 2018 o Plano Municipal de Educação (PME), que tem como meta alfabetizar todas as crianças do 3º ano do ensino fundamental até 2024. A meta corresponde ao Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece o que deve ser feito para melhorar a educação no país.
Acompanhamento
Atualmente, a Semed atende 74.317 alunos no bloco pedagógico, que inclui 1º, 2º e 3º ano do ensino fundamental. Conforme o assessor de Alfabetização da DEF, Francinaldo Mendes, no 2º bimestre, quando os estudantes voltaram a ter aula 100% presencial, a rede municipal alcançou 40% de alunos alfabetizados.
“No final de cada bimestre os assessores das Divisões Distritais e do ensino fundamental, junto com os professores e os pedagogos respondem a um link com informações de quantos alunos estão alfabetizados, quantos não estão, quantos estão e não estão interagindo. Com isso conseguimos acompanhar o desenvolvimento de toda rede e assim podemos construir políticas públicas em busca de uma educação de qualidade”, explica.
Reforço
Já para os estudantes que estão em distorção idade-série nos anos iniciais, que corresponde a 3.795 estudantes, a Semed desenvolve, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, os programas de correção de fluxo como o “Se Liga” e “Acelera”, e de reforço escolar, como o “Pit Stop” e “Fórmula da Vitória”, além do programa de “Política de Alfabetização”, que buscam combater o analfabetismo e a evasão escolar.
EJA
Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), o retorno às aulas presenciais acontecem de forma gradual, devido ao receio que muitos alunos têm em relação ao novo coronavírus.
De acordo com a gerente da Gerência de Educação de Jovens e Adultos (Geja), Alina Bindá, a Semed garante o acesso dos alunos adultos às escolas municipais, por meio do Programa Municipal de Alfabetização do Adulto e da Pessoa Idosa (Promeapi), ampliando a escolarização de pessoas acima de 30 anos.
“Mesmo com todos os esforços para atender os alunos adultos e idosos e com o avanço da vacinação, muitos dos nossos estudantes, principalmente os idosos, têm receio quanto ao retorno. Os professores realizam o processo de busca ativa, para que os alunos tenham acompanhamento nos estudos, mas ainda mantendo um certo distanciamento”, informa Alina.