Um homem foi preso por engano quando fazia prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. O caso aconteceu na Escola Estadual Assis Chateaubriand, no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, capital de Pernambuco. Marcos Antonio Gomes da Silva, de 50 anos, contou à reportagem da TV Globo que foi obrigado a deixar a sala sem completar a prova. A coordenadora da prova o informou que deveria deixar a sala no momento em que ele preenchia a 30ª questão. Em seguida, a funcionária pediu que Gomes da Silva assinasse um documento.
Policiais militares foram até a escola com um mandado de prisão contra um homem com o mesmo nome e data de nascimento do candidato. Ao conferirem o documento de identificação de Gomes da Silva, os policiais constataram que o nome de seus pais não batiam com os da pessoa procurada, que é paraibana (outra divergência de dados).
Ele foi conduzido ao Instituto de Identificação Tavares Buril, no centro de Recife, para checagem das impressões digitais. No local, ficou demonstrado que as digitais de Gomes da Silva não correspondiam às do homem procurado.
O candidato dirigiu-se à Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, para fazer boletim de ocorrência com queixa por danos morais, já que foi impedido de encerrar a prova. O candidato declarou que, devido ao abalo psicológico e emocional por que passou, não sabe se conseguirá fazer a prova novamente.
Indenização por danos morais
Allan Negreiros, advogado do vendedor, disse que ingressará na Justiça com pedido de indenização por danos morais. Negreiros afirmou que nesse contexto o candidato poderia ter feito a prova sob custódia e, ao fim, ter sido conduzido até o local de coleta das digitais.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo Enem, afirmou que o candidato não pode retomar a prova porque já haviam vencido as duas horas iniciais previstas.