Preso acusado de matar presidente da ONG Transparência em Humaitá

Ex-policial deverá ser recambiado para o município de Humaitá, onde responderá pelo crime ao qual é acusado. (Foto: Divulgação/PC-RO)

O ex-policial militar de Rondônia, Edelvan Moura da Silva, 37 anos, foi preso na cidade de Cacoal, próximo a Ariquemes (RO) pela acusação de ter sido o autor da morte do líder comunitário e presidente da Associação Transparência Humaitá, Emerson Jorge Auler, no dia 8 de dezembro passado. Auler foi morto com três tiros nas costas, em frente à sua casa.

O suspeito ainda está preso em Cacoal, mas será recambiado para Humaitá para responder pelo crime.

Em Humaitá Edelvan Moura será interrogado pelo delegado Mário Melo, da Delegacia Interativa de Polícia. O inquérito tramita em segredo de Justiça.

Motivação

Como os motivos do assassinatos ainda não foram revelados, há especulação no município de Humaitá de que Emerson Auler era uma pessoa mal vista entre as lideranças políticas, porque costumava fazer denúncias contra as administrações municipais por meio da Associação Transparência Humaitá.

Além disso, ele também estava envolvido em uma disputa de terras em que ganhou a reintegração de posse depois de sete anos de tramitação na Justiça, de uma área na Comunidade Realidade – hoje distrito de Humaitá.

Durante o litígio, ele foi ameaçado em um áudio onde uma pessoa dizia que o caso não iria ‘ficar assim”.

Ameaça de morte

O promotor de Justiça de Humaitá, Weslei Machado, revelou que Emerson Auler tinha conhecimento de ameaças de morte. “Duas semanas antes do crime, o Emerson esteve comigo no Ministério Público para falar sobre a disputa da área de terra”, disse ele ao portal Fato Amazônico. “Alguém tinha informado a ele que uma pessoa tinha sido contratada para sua execução, mas ele não mudou a sua rotina de toda noite tomava seu chimarrão na frente da sua casa”, acrescentou o promotor.

Expulso da PM

Edelvan Moura foi expulso da Polícia Militar de Rondônia em 2015 pelo crime de tortura, Ele recorreu, mas em 2017 o Tribunal de Justiça de Rondônia confirmou a decisão do juiz Rogério Montai de Lima, que condenou Edelvan a perca da função pública.

FONTE: Portal Único