Presidente da Escola de Samba Vitória Régia é denunciado

Didi Redman está sendo denunciado por irregularidades na condução do pleito marcado para este domingo, dia 5. | Foto: Márcio Melo

A Escola de Samba Vitória Régia em Manaus, pode ter eleição suspensa por suspeita de irregularidades. O presidente a candidato a reeleição à presidência da Escola de Samba, Didi Redman, está sendo denunciado pela forma de condução do pleito marcado para domingo, dia 5, na quadra da escola, no bairro Praça 14 de Janeiro.

De acordo com as denúncias, Didi teria alterado o estatuto da Vitória Régia e colocado, mais de 200 pessoas como sócios contribuintes, sem respeitar o próprio estatuto, que veda o tipo de alteração em época de eleição.

Ainda segundo as denúncias, das quais o portal teve acesso, o presidente Didi Redman, em 2003, teria feito uma outra armação, tentando registrar um estatuto fraudulento na comarca de Iranduba.

“Hoje, o mesmo presidente da Vitória Régia, Didi Redman, vem mostrar sua cara-de-pau, mais uma vez, tentando fazer esta falcatrua no estatuto da escola.  Ele apresentou uma ata falsificada para comissão eleitoral, homologando os sócios contribuintes. A ata apresentada é data de 03 de maio de 2018, só que a abertura para inscrição dos novos associados contribuintes só foi aberta no dia 04 de julho de 2018 e encerrada em 04 de setembro de 2018”, denuncia um dos sócios da Vitória Régia.

Para o sócio, Didi, em flagrante irregularidade, apresenta uma ata de homologação anterior a criação desse quadro, como se fosse normal e lícito.

O quadro de associados, conforme o estatuto da agremiação, diz que o quadro de sócio contribuinte, por exemplo, após sua formação e, depois de averiguado por uma comissão eleita pelo presidente da escola, deveria repassar ao Conselho Executivo para o mesmo convocar uma Assembleia Geral Extraordinária, e somente após isso, deliberar sobre o valor da mensalidade dos associados e para a HOMOLOGAÇÃO dos mesmos. Nada disso foi feito pelo presidente.

“Não satisfeito com a tentativa de burlar o estatuto, o presidente Didi Redman, abriu as inscrições para os sócios. O grande problema disso tudo, foi que o mesmo, ao invés de cadastrar pessoas da comunidade da Praça 14, registrou praticamente toda sua família e amigos íntimos, deixando a comunidade sem direito a voto”, revela a denúncia.

O quadro de sócios contribuintes atual é formado por 286 pessoas, sendo que, 70% dessas pessoas, são de outros bairros. O estatuto prevê que os associados, devem estar quites com a tesouraria, ao menos três meses, antes das eleições para ter direito a voto. Didi Redman informou à comissão eleitoral, que houve um suposto patrocinador, que teria pago todas as mensalidades.

O caso deverá ser levado ao Ministério Público e à Justiça, pelo Conselho Executivo que já ingressou com uma ação para tentar barrar o escândalo eleitoral.

Por EM TEMPO