MANAUS — A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), deu início ao trabalho de contenção em área de declive ao lado do viaduto Josué Cláudio de Souza, por onde passa a avenida Álvaro Maia, zona Centro-Sul. O trecho desbarrancou em meados de dezembro de 2022, devido às fortes chuvas do período.
Na época, os engenheiros da Seminf realizaram a vistoria técnica e asseguraram a integridade e resistência da estrutura do viaduto. “Está intacto, sem risco de desabamento”, afirmou o subsecretário de Obras Públicas, Madson Lino Rodrigues, na ocasião.
“Constatamos que o viaduto não apresenta patologias como fissuras e trincas em nenhum componente estrutural. O que aconteceu aqui trata-se da erosão do antigo talude localizado ao lado do viaduto, além de danos na escada hidráulica, localizada a cerca de oito metros de distância no mesmo terreno, que carreou praticamente todo o material oriundo do talude de contenção do barranco, formando essa erosão”, explicou o subsecretário.
A área mapeada pela Seminf está contemplada e licitada para receber as obras de contenção de erosão, de forma a precaver a cidade de situações semelhantes, corriqueiras e urgentes. Por isso, as equipes de obras retornam para realizar uma megaintervenção de caráter preventivo.
“O que estamos iniciando hoje é uma obra de antecipação ao período chuvoso. O que ocorre é que esse declive, ao lado do viaduto, mais conhecido por ‘barranco’, sofreu um deslizamento. A determinação do prefeito David Almeida é de construirmos uma estrutura em concreto que impeça a entrada da água da chuva”, explica o secretário de Obras, Renato Junior.
No sábado, 4/3, a Seminf construiu as caixas em madeira para receber a concretagem, a ser realizada na noite deste domingo, 5. Quatro cortinas ou “muros de contenção”, de cinco metros de altura, serão construídas em concreto, para impedir que a chuva leve o aterro e deixe as estacas do viaduto expostas novamente.
“Esse, não necessariamente seria um problema, afinal tratam-se de estacas raiz. Estão bem a mais de 20 metros do solo. O problema maior é o estrago que pode causar nas residências, com o barro invadindo tudo”, explica Renato Junior.
Parte do serviço, a escada hidráulica ao lado do viaduto será refeita, ampliada. “Ela funciona bem aqui, comporta muito bem a quantidade de água que opera, mas, ainda assim, vamos ampliar”, anuncia Renato Junior.
O projeto contempla a “jateação” do concreto. “É uma excelente opção para estabilizar essa encosta, esse desnível de barro. A outra parte será gramada e receberá, ainda, muro em rip-rap”, pontuou o secretário.
Abaixo do viaduto, dezenas de casas foram construídas de forma irregular no beco Ayrão. Famílias são constantemente afetadas pelas chuvas torrenciais. Para sanar o problema de alagação, a Seminf realiza, de forma simultânea aos trabalhos de contenção do talude, uma revitalização do beco.
“Contempla desde a implantação de nova rede de drenagem profunda para dar a maior vazão e escoamento da água pluvial, como também recuperação de meio-fio, calçada e sarjeta do beco. Vamos concluir com asfaltamento de todo o beco e das vias do entorno”, anuncia o secretário de Obras.
As equipes se anteciparam e realizam a desobstrução dos bueiros, o que, conforme o secretário remediou a questão dos alagamentos. “Foi a primeira coisa que fizemos ao entrar aqui. Algo precisava ser feito para que essas famílias não sofram mais perdas. O sistema de drenagem implantado aqui é bom, funciona. Acontece que ele estava extremamente obstruído por lixo. As equipes fizeram a limpeza e agora o sistema opera de novo, normalmente”, complementa.