A Prefeitura de Manaus continua com os trabalhos de identificação das famílias que vivem em bairros propícios a alagação da cheia do rio Negro. As equipes técnicas da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil e da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh) já identificaram 1.653 famílias nos bairros da Betânia, Raiz e Educandos, Presidente Vargas e Aparecida, localizados na zona Sul.
A medida preventiva integra as ações da “Operação Cheia 2018” para auxiliar as famílias em situação de risco, caso seja decretado estado de calamidade pública pelo município, em virtude da subida das águas do rio Negro. Segundo o secretário executivo da Defesa Civil municipal, Cláudio Belém, outra recomendação é o mapeamento de alguma situação de risco de desabamento, para que sejam tomadas as providências imediatas.
“Desde janeiro estamos monitorando as áreas que possivelmente podem sofrer com alagação, conforme orientação do prefeito Arthur Virgílio Neto. Tivemos um primeiro alerta do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que apontou 27,80 metros na cota das águas do rio Negro. Após esse anúncio, entramos em campo para realizarmos a identificação preventiva dessas famílias vulneráveis”, explicou Belém.
Outras áreas
Esta semana, os técnicos da Semmasdh e Defesa Civil de Manaus também começaram a atuar no bairro de São Jorge, zona Oeste, considerado um dos mais numerosos em questão de famílias a serem identificadas.
“No ano passado, foram identificadas 469 famílias na área. Mesmo que não se atinja a cota emergencial de 29 metros, estamos trabalhando para que seja feito um trabalho preventivo e social”, frisou a diretora do Departamento de Proteção Social Especial da Semmasdh, Fabianne Cristina.
Na manhã desta terça-feira, 24/4, as equipes foram destinadas aos bairros do Santo Antônio, Compensa, São Geraldo e Tarumã, todos na zona Oeste. E, até o final desta semana, os trabalhos de identificação estarão presentes nos bairros de Colônia Antônio Aleixo, Puraquequara e Mauazinho, na zona Leste.
Estima-se que, ao todo, 2.569 famílias sejam identificadas pelas equipes de trabalho.
Saúde
Para evitar surtos de doenças, principalmente as que são transmitidas pelo contato com água ou alimentos contaminados, como é o caso de diarreia, técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) estão intensificando os trabalhos de vigilância nos bairros que recebem a visita da “Operação Cheia”.
Além das Doenças Diarreicas Agudas, há preocupação com agravos como leptospirose, hepatite A, tétano acidental, dengue, zika, chikungunya e malária.