Um novo foco de invasão foi impedido pela Prefeitura de Manaus, em parceria com a comunidade, na manhã desta segunda-feira, 24/9, em uma área verde do conjunto Nova Cidade, zona Norte. Além das tentativas de ocupação frustradas, o local vem sendo alvo constante do descarte irregular de resíduos e é protegido unicamente pelos moradores. A área fica situada na rua Munique, entre as quadras 167 e 168 do conjunto, e faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Sauim-de-Manaus.
Fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), acompanhados pela equipe da Divisão de Educação Ambiental do órgão, estiveram no local. Foram instaladas duas placas de identificação e uma ação de limpeza e reforço na arborização será programada. Os moradores estão mobilizados em torno da conservação do espaço e pediram da Prefeitura de Manaus apoio para evitar novas invasões.
No local, um trecho degradado já estava sendo demarcado para futuras construções. Os fiscais identificaram inclusive a instalação clandestina de dois hidrômetros, que supostamente serviriam para futura ligação de água das ocupações. De acordo com o Departamento de Fiscalização da Semmas, a concessionária Manaus Ambiental será informada sobre a situação para adotar as devidas providências.
O morador Orestes Vieira de Faria, 51, residente na rua Estoril, é um dos guardiões da área verde. “Já ocorreram inúmeras tentativas de ocupação nesse local e nós contamos com o apoio da Prefeitura de Manaus, por meio da Semmas, para conseguirmos impedir que isso aconteça. Sabemos o quanto as áreas verdes são importantes para o meio ambiente e dotar essa área de estrutura pra aumentarmos essa proteção é o nosso maior desejo”, afirmou ele.
Por conta própria, Orestes e outros moradores se uniram para plantar árvores frutíferas no local. “Já temos aqui cacau, caju, ingá, jaca, abacate, coco, biribá, abiu, goiaba, entre outras. E elas já estão dando frutos e servindo de alimentos para nós e os animais”, afirmou Orestes, acrescentando ser comum avistar sauins-de-coleira e cotias na área. Walter Nunes, que mora há 18 anos no local, alerta para a falta de segurança na área. “Infelizmente, utilizam a área verde para práticas de delitos”, afirmou.
Os moradores receberam também material informativo sobre o combate às queimadas urbanas. Para o chefe da Divisão de Educação Ambiental da Semmas, Raimundo Araújo, a mobilização da comunidade é de fundamental importância para a conservação da área. “O trabalho começa prioritariamente com a garantia da proteção da área e depois as melhorias que possam vir a ser implantadas”, afirmou.