Prefeitura apresenta programa de implante coclear à comissão da OAB/AM

Foto: Cleomir Santos

A convite da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas, (OAB/AM), a Prefeitura de Manaus apresentou segunda-feira, 11/11, o trabalho realizado com o Programa de Reabilitação Auditiva para Crianças Usuárias de Implante Coclear (PIC), na rede municipal de ensino, durante a reunião técnica do direito dos surdos que ouvem utilizando o implante coclear, na sede da entidade, situada no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul.

O encontro contou com a presença de representantes da Associação Amazonense de Apoio aos Deficientes Auditivos e Usuários de Implante Coclear (Amada), da Comissão de Proteção às Pessoas com deficiência da OAB, de familiares de implantados, bem como alunos do curso de direito.

O direito de pessoas surdas e a falta de base legal para amparar pessoas que utilizam o implante coclear foram os destaques.

Durante a apresentação do programa, a fonoaudióloga Mariana Pedrett, coordenadora do PIC, na Secretaria Municipal de Educação (Semed), destacou que ele não nasceu de uma necessidade de aprendizagem, mas de uma necessidade clínica.

“A considerar que somos um programa e que estamos dentro de uma secretaria que carrega a bandeira da inclusão, ficamos muito felizes por esse convite e por poder mostrar como funciona o processo de inclusão nas escolas quando os nossos alunos não fazem o uso de Libras”, disse Mariana.

A presidente da Comissão de Proteção às Pessoas com deficiência da OAB/AM, Alice Sobral, destacou que uma legislação específica para amparar usuários de implante coclear poderia dar mais efetividade ao trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Manaus, por meio da Semed.

“Se unirmos esforços para criar uma legislação específica e políticas públicas nesse sentindo (para pessoas que usam o implante coclear) a Prefeitura de Manaus com certeza vai ter mais condições de atender esse público, que tanto necessita, mas temos muito a agradecer aos esforços que ela vem fazendo por meio da Semed, para garantir o direito de inclusão dessas pessoas”, frisou.

Durante a reunião, a vice-presidente da Amada, Artemiza Leda, que também é mãe de um dos alunos atendidos pelo PIC, relatou a experiência dela como mãe de uma pessoa implantada.

“O PIC tem um papel fundamental no desenvolvimento do meu filho, tanto dentro do núcleo familiar quanto na sociedade, porque por meio dele existe essa ponte entre a família e a escola”, declarou. 

PIC

O PIC acontece no Centro Municipal de Educação Especial (CMEE) André Vidal de Araújo, zona Centro-Sul, e atende atualmente a 23 alunos entre crianças e adolescentes e tem como objetivo realizar reabilitação auditiva para crianças usuárias de implante coclear. Os atendimentos ocorrem em grupo no turno vespertino às terças e quartas-feiras, e individuais às segundas e quintas-feiras. Além dos alunos, os pais também são atendidos por uma equipe multidisciplinar composta por fonoaudiólogas, psicóloga e psicopedagoga.