MÉXICO — Alejandro Arcos, prefeito recém-empossado de Chilpancingo, no sul do México, foi brutalmente assassinado seis dias após assumir a carga. Segundo autoridades locais, a vítima foi decapitada, e sua cabeça foi encontrada dentro de um caminhão com o pisca-alerta ligado, no domingo (6), de acordo com informações divulgadas por redes sociais e pela imprensa local.
Arcos, de 43 anos, havia tomado posse a 30 de setembro. O crime ocorreu apenas três dias após o assassinato do seu Secretário-Geral, Francisco Tapia, que também havia sido recentemente empossado. Ambos os crimes chocaram a comunidade local e aumentaram a sensação de insegurança na região, conhecida pela violência associada aos carrinhos de drogas.
As investigações sobre o caso foram intensificadas com o apoio das autoridades federais. A presidente Claudia Sheinbaum afirmou que a Procuradoria-Geral da República poderá assumir uma investigação, e que as prisões dos responsáveis são prioritárias. “Estão a ser feitas as investigações para descobrir o motivo e fazer as detenções correspondentes”, disse.
O PRI (Partido Revolucionário Institucional), ao qual Arcos pertencem, condenou o assassinato, classificando-o como um “crime covarde”, e justiça para o povo de Guerrero, estado mexicano profundamente marcado pela violência ligada ao narcotráfico. Alejandro Moreno, presidente do PRI, lamentou que tanto Arcos quanto Tapia, “jovens funcionários honestos”, tenham sido assassinados em tão
O estado de Guerrero, localizado na costa do Pacífico, é uma das áreas mais violentas do México devido à sua importância estratégica para o tráfico de drogas. A guerra contra os cartéis, iniciada em 2006, já resultou em mais de 450 mil mortes no país, sendo os políticos locais, frequentemente, vítimas dessa espiral de violência
A morte de Arcos traz novamente à tona o perigo enfrentado por líderes políticos que desafiam o poder das organizações criminosas e o clima de impunidade que domina várias regiões do México.
