Portugal, Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem oficialmente a Palestina

Com esse passo, os quatro países se juntam a mais de 140 nações que já reconhecem a Palestina.

Em um movimento histórico e coordenado, quatro países — Portugal, Austrália, Canadá e Reino Unido — anunciaram neste domingo (21) o reconhecimento formal do Estado da Palestina. A decisão, divulgada por meio de redes sociais e declarações oficiais, ocorre às vésperas da Assembleia Geral da ONU em Nova York e antecipa uma conferência internacional sobre o tema, liderada por França e Arábia Saudita.

Com esse passo, os quatro países se juntam a mais de 140 nações que já reconhecem a Palestina. O objetivo declarado é impulsionar a chamada “solução de dois Estados” — Israel e Palestina vivendo lado a lado em paz e segurança.

Apesar do reconhecimento, os governos deixaram claro que não apoiam o Hamas e o consideram incompatível com qualquer futuro governo palestino. Eles também condenaram o ataque do grupo a Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte e sequestro de centenas de israelenses. Ao mesmo tempo, criticaram ações israelenses em Gaza, como o bloqueio humanitário e a expansão de assentamentos na Cisjordânia — este último considerado ilegal pelo direito internacional.

Reino Unido — O premiê Keir Starmer afirmou que o reconhecimento visa garantir o direito de ambos os povos à paz.
Canadá — Mark Carney reforçou o apoio canadense à causa palestina desde 1947, mas condenou duramente as políticas de Netanyahu.
Austrália — Anthony Albanese destacou que a medida busca atender às aspirações legítimas dos palestinos, exigindo cessar-fogo e libertação dos reféns.
Portugal — O presidente Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que a decisão acompanha parceiros europeus e mantém viva a esperança de dois Estados.

A reação de Israel foi imediata: o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou os países de “recompensar o terrorismo” e reafirmou que não permitirá um Estado palestino a oeste do rio Jordão.

O Brasil já havia reconhecido a Palestina em 2010, assim como Espanha, Noruega e Irlanda fizeram em 2024 — todos com base nas fronteiras de 1967, incluindo Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental como capital palestina.