Policial Militar leva suspeito à delegacia e acaba preso em flagrante

O PM Thiago Herculano tinha mandado de prisão contra ele aberto desde 2018 por roubo, extorsão e sequestro.

O policial militar Thiago Torquato Herculano foi preso durante um procedimento de flagrante, na noite de terça-feira (23), no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), bairro Santo Agostinho. O caso, segundo informações da polícia, aconteceu quando o PM levou para a delegacia um homem identificado como José Carlos Alves de Freitas, 44 anos, detido por estar com documento falso.

A polícia informou que o PM, lotado na 19ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), juntamente com outro policial, prendeu José Carlos em uma abordagem de rotina e, ao verificar os documentos do mesmo, constatou que eram falsos. Ao chegar na delegacia para iniciar os procedimentos na unidade policial,  foi constatado que Herculano tinha um mandado de prisão em aberto desde 2018.

Segundo informações do boletim de ocorrência, o PM disse não saber que tinha esse mandado de prisão. Nos altos do registro consta ainda que Herculano responde na justiça por crime majorado. O processo em tramitação na vara de excussões penais desde o ano de 2016 teve a ultima movimentação na tarde de ontem.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o policial militar tinha em seu desfavor mandado de prisão por sentença condenatória pelos crimes de roubo e extorsão mediante sequestro e, por isso, recebeu a voz de prisão e foi encaminhado para o Batalhão de Guarda da Polícia Militar.

Questionada sobre os motivos do militar ainda estar exercendo a função mesmo respondendo criminalmente na justiça, a SSP disse apenas que a Corregedoria Geral do Sistema de Segurança está adotando todas as medidas administrativas cabíveis para apurar o caso.

Sequestro

Em 2014, Herculano e mais dois policiais militares foram acusados de sequestrar um padeiro e pedir resgate de R$ 50 mil. O caso aconteceu na Comunidade Fazendinha, Zona Norte da cidade.

Na época, os familiares da vítima disseram para a polícia que os policiais invadiram a casa do padeiro e se identificaram como policiais civis da extinta Delegacia Especializada em Prisão e Repressão a Entorpecentes (Depre).

Por A CRÍTICA