Polícia vai pedir prisão preventiva de suspeitos de matar Bruno e Dom

Os três suspeitos - Amarildo, Jeferson e Oseney - cumprem prisão temporária, que tem duração de 30 dias. CRÉDITO: RONEY ELIAS/REDE AMAZÔNICA

ATALAIA DO NORTE — A Polícia Civil (PC-AM) e a Polícia Federal (PF) vão entrar com um pedido à Justiça de conversão da prisão temporária para prisão preventiva dos três homens presos suspeitos de participação nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips, nesta quarta-feira (6).

Os três suspeitos presos por participação nas mortes são Amarildo da Costa de Oliveira, 41, conhecido como “Pelado”, Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, e Oseney da Costa de Oliveira, 41, conhecido como “Dos Santos”.

O trio cumpre prisão temporária, que tem duração de 30 dias a partir do dia da prisão de cada um, em Atalaia do Norte. Amarildo está detido desde o dia 7 de junho, Oseney foi preso no dia 14 e, Jefferson, no dia 18 do mesmo mês.

Como o prazo acaba nos próximos dias, a PF e a PC vão pedir a conversão em prisão preventiva. O pedido de conversão da prisão temporária para a preventiva será pelo prazo de 120 dias.

De acordo com o delegado titular de Atalaia do Norte, Alex Peres, além do pedido de conversão da prisão dos três suspeitos, a polícia encaminhou um pedido de prorrogação do prazo do inquérito policial.

O crime completou um mês na terça-feira (5). Entre os principais questionamentos sobre as mortes de Bruno e Dom estão a eventual existência de um mandante e a motivação do crime. Uma das linhas de investigação é que é que o crime tenha relação com pesca ilegal de pirarucu em terras indígenas.

“Até o momento, nós já ouvimos em torno de 23 pessoas. Os três suspeitos de participarem efetivamente na execução de Bruno e Dom, além de cinco pessoas da família deles, que auxiliaram na ocultação dos corpos e do material apreendido”, informou o delegado.

Ainda conforme o delegado, os três suspeitos presos seguem na delegacia do município de Atalaia do Norte, mas a polícia não descarta a possibilidade de solicitar a transferência deles para outro presídio do Amazonas.