O delegado Paulo Martins, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), falou sobre o indiciamento por homicídio de Carlos Hillacy Libório da Costa, 31, conhecido como “Bin”, e Kelveson Alves Lopes, 23, o “Bigode”, envolvidos na morte do sargento da Polícia Militar do Estado (PMAM) Marco Antônio Benjamim Silva, 38, que aconteceu na madrugada do último domingo (20), no bairro Monte das Oliveiras, zona Norte.
No dia do crime, o PM foi até uma área vermelha do bairro para recuperar dois objetos pessoais dele. Segundo Martins, no local o policial teve um desentendimento com “Bigode” e Moisés Pereira dos Santos Braga, que culminou na execução do sargento por disparos de arma de fogo.
Confronto
Moisés, que tinha 25 anos, foi morto na madrugada de segunda-feira (21), durante confronto com policiais da Secretaria-Executiva-Adjunta de Operações Integradas (Seaop), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
“Carlos é usuário de drogas. Ele comprava entorpecentes todas as manhãs. Quando ele esteve com “Bigode” e Moisés para adquirir substâncias ilícitas, a dupla o convenceu a retirar o corpo do sargento daquele local, porque isso atrairia a polícia ao lugar, prejudicando a venda das drogas. Com medo de represálias, “Bin” pegou o corpo da vítima, arrastou por cerca de cinco metros e jogou em um igarapé, onde foi encontrado por populares horas depois”, explicou o titular da DEHS.
Objetos pessoais
A autoridade policial informou que Carlos e Kelveson foram encontrados pelas equipes de investigação da DEHS ao longo de segunda-feira (21), em bairros distintos da capital. “Bin” foi achado no bairro Montes das Oliveiras e “Bigode” interceptado na rotatória do Produtor, situada na avenida Autaz Mirim, bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus.
O titular da DEHS explicou que ao longo das diligências em torno do caso, os policiais civis lotados na especializada tomaram conhecimento de que o sargento da PM havia ido em duas ocasiões até o local para recuperar uma aliança e um relógio, mas que as circunstâncias em que esses objetos chegaram até o local são desconhecidas. Em um primeiro momento, Marco teria resgatado a aliança e, depois, retornado ao local para buscar o relógio, ocasião em que foi rendido e morto, segundo o delegado.
Martins ressaltou que os policiais civis lotados na DEHS estão trabalhando com a possibilidade do crime ter sido encomendado pelo cunhado de Moisés, um homem conhecido como “Gato Preto”. “O que temos de concreto é a participação de Carlos, Kelveson e Moisés. Precisamos ainda averiguar se ‘Gato Preto’ realmente está ligado ao crime”, declarou.
Indiciamento
Carlos e Kelveson foram indiciados por homicídio qualificado. O titular da DEHS já representou à Justiça o pedido de prisão preventiva em nome dos infratores. A dupla continua na especializada, colaborando com o andamento das investigações em torno da morte do sargento da PMAM.