Manaus, AM – Após meses de investigação, a Polícia Civil do Amazonas, sob a liderança do delegado Cícero Túlio do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), anunciou nesta sexta-feira (3) que concluiu o inquérito sobre o grupo autodenominado “Bonde dos Mauricinhos”. Cinco jovens foram indiciados por um total de sete crimes, que envolvem desde associação criminosa até atos de vandalismo e uso ilegal de armas de fogo.
A notoriedade do caso surgiu em outubro passado, com a disseminação de vídeos nas redes sociais mostrando Pedro Henrique Baima, Enrick Benigno Lima e Marcos Vinícius Mota da Silva em ações que incluíam disparos de arma para o alto, incêndios em espaços públicos e agressões a moradores de rua. Esses vídeos foram a chave para o início das investigações.
A operação “Sangue Azul” permitiu a execução de mandados de busca, resultando na apreensão de importantes provas que corroboraram as acusações. No decorrer das investigações, três prisões temporárias foram decretadas, mas posteriormente revogadas em função do período eleitoral.
Além dos três já conhecidos, Kaio Vale e Joaquim Neto também foram identificados e indiciados. No entanto, Enzo Benigno, apesar de inicialmente envolvido, não foi indiciado sem que a polícia detalhasse os motivos.
De acordo com o delegado, os jovens utilizavam um aplicativo de mensagens para compartilhar seus atos criminosos. Um vídeo compilado desses crimes, uma vez vazado, ajudou significativamente no avanço da investigação.
Aqui está a lista detalhada dos indiciados e dos crimes pelos quais responderão:
- Enrick Benigno Lima:
Associação Criminosa Majorada
Racha - Marcos Vinicius Mota da Silva:
Associação Criminosa Majorada
Porte de Arma de Fogo
Disparo de Arma de Fogo
Racha
Explosão Qualificada
Incêndio
Posse Irregular de Munição de Uso Permitido - Joaquim Rodrigues do Nascimento Neto:
Associação Criminosa Majorada
Explosão Qualificada
Incêndio - Pedro Henrique de Carvalho Baima:
Associação Criminosa Majorada
Porte de Arma de Fogo
Disparo de Arma de Fogo
Racha - Kaio Galdino do Vale:
Associação Criminosa Majorada
Racha
O caso agora segue para a esfera judicial, onde a justiça determinará os próximos passos para esses jovens, cujas ações repercutiram negativamente na sociedade manauara.
