
PARÁ — Um relatório enviado ao governador Helder Barbalho expôs o colapso na Polícia Civil do Pará, especialmente no interior do estado.
Com a COP30 se aproximando, o documento destaca problemas antigos, como falta de estrutura, carros abandonados e riscos à saúde pública.
Delegacias acumulam focos de dengue, leptospirose e até Chikungunya por causa de veículos quebrados e esquecidos nos pátios.
Presos em situação degradante e violações de direitos
O documento aponta ainda situações graves envolvendo a custódia de detentos.
Em Novo Progresso, uma mulher presa ficou algemada em um corredor, por sete dias, junto a presos homens — o que pode configurar violação dos direitos humanos.
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol-PA), ofícios com esses alertas foram enviados desde 2023, sem resposta concreta até agora.
Falta de investimento às vésperas da COP30
O relatório revela ainda calotes em diárias e abonos de servidores. Muitos agentes precisam arcar com custos do próprio bolso para cumprir suas missões.
Apesar do Pará ser o anfitrião da COP30, pouco tem sido feito para reformar as delegacias ou melhorar a realidade da Polícia Civil paraense.
A crise evidencia um contraste preocupante entre o prestígio internacional do evento e a realidade dos profissionais da segurança pública no estado.


