MANAUS – Um cabo da Policial Militar, identificado como Luiz Kleiton do Nascimento, foi preso após tentar matar a tiros a ex-companheira, uma mulher de 34 anos, na noite desta terça-feira (13). A tentativa de feminicídio ocorreu em um apartamento do residencial Viver Melhor II, na Zona Norte de Manaus.
Conforme relatos do filho da vítima, um adolescente de 15 anos, o suspeito chegou no apartamento da família da ex-mulher e foi para um quarto com ela, onde iniciou uma discussão. No imóvel estavam os filhos e uma sobrinha da vítima, que ouviram as ameaças.
“A conversa começou a se alterar entre os dois, quando eu ouvi minha mãe pedindo socorro e questionando ele sobre a arma. Ela perguntava se era necessário ele estar apontando o revólver no rosto dela, até que ouvimos dois tiros”, contou o adolescente.
O garoto ainda relatou que arrombou a porta do quarto e tentou socorrer a mãe, mas também foi ameaçado pelo policial.
“Ele sacou a arma e mandou eu me afastar. Claramente ele chegou com a intensão de cometer o crime. Os tiros chamaram a atenção dos outros moradores de outros apartamentos que começaram a tumultuar, até que ele saiu levando minha”, contou o filho da vítima.
Equipes da Polícia Militar foram acionadas para o residencial e receberam a informação de que o suspeito havia colocado a mulher dentro de um carro para tentar socorrê-la até uma unidade saúde da capital.
No caminho do hospital, o veículo do suspeito sofreu uma pane mecânica e ele foi localizado por policiais da Rocam.
A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para um pronto-socorro da cidade. O estado de saúde dela não foi divulgado.
Luiz Kleiton é cabo da PM, lotado na 14ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), ele acabou preso em flagrante e apresentado na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM).
Com ele foram apreendidas duas armas de fogos, sendo uma pistola ponto 40 de uso restrito da PM e um revólver calibre 38 que foi usada para cometer o crime, a arma tinha quatro munições intactas e duas deflagradas.
O policial alegou em depoimento que a mulher se acidentou. No entanto o caso foi registrado como tentativa de feminicídio. A DECCM investiga o caso.