Perícia confirma identificação de restos mortais de Bruno Pereira

A perícia informou que Bruno Pereira recebeu dois disparos na região do tórax e do abdômen e um na face. — CRÉDITO: REPRODUÇÃO/TV GLOBO

BRASÍLIA — A PF (Polícia Federal) confirmou neste sábado (18) que os outros restos mortais encontrados na Amazônia são do indigenista Bruno Pereira. A identificação foi feita pelo exame de arcada dentária.

Ontem, a PF identificou os restos mortais de Dom Phillips. O exame mostra que o jornalista recebeu um tiro e teve traumatatismo toracoabdominal e lesões principalmente na região abdominal e torácica.

Em nota, a PF informou que a perícia, realizada por agentes da corporação, indicou que Pereira recebeu dois disparos na região do tórax e do abdômen e um na face. A morte foi causada por traumatismo toracoabdominal e craniano.

A polícia disse ainda que os peritos do Instituto Nacional de Criminalística vão concentrar os trabalhos nos exames de Genética Forense, Antropologia Forense e métodos complementares de Medicina Legal, para identificação completa dos restos mortais e para entenderem a dinâmica dos eventos que levaram à morte de Dom e Bruno.

O que diz a investigação?

Dom e Bruno estavam desaparecidos desde 5 de junho, quando faziam uma expedição de barco pela região do norte do Amazonas.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a área em que a dupla navegava é “palco de disputa entre facções criminosas que se destacam pela sobreposição de crimes ambientais, que vão do desmatamento e garimpo ilegal a ações relacionadas ao tráfico de drogas e de armas”.

Até o momento, a investigação da PF chegou a três suspeitos — sendo que apenas um dele, o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, confessou a autoria no duplo homicídio.

O pescador foi preso em flagrante no dia 7, por porte de munição de uso restrito. Segundo a investigação, o pescador confessou na noite de terça-feira (14), voluntariamente, a autoria do duplo homicídio, e contou com detalhes a dinâmica do crime.

Durante a coletiva de imprensa na quarta-feira (15), o delegado Eduardo Alexandre Fontes, superintendente regional da PF no Amazonas, disse que Dom e Bruno teriam sido perseguidos por criminosos em uma lancha, que chegaram a realizar “disparo de arma de fogo” contra a dupla.